Esportes

CARTÃO VERMELHO

Estevão Petrallas e Sidinei Barbosa são consultados e podem ser interventores da FFMS

Nomes começaram a ser especulados horas após o Francisco Cezário ser preso por desvio de dinheiro de dentro da federação.

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Após a prisão de Francisco Cezário devido aos supostos casos de corrupção dentro da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), nomes de possíveis interventores começam a surgir diante da Operação Cartão Vermelho, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

Entre eles, estão Sidinei Barbosa, atual presidente do Rádio Clube, que tem passagens pela entidade por 20 anos, e o ex-presidente do Operário, Estevão Petrallas. A decisão de intervenção na política da FFMS é uma das propostas apresentadas diante do "caos" revelado após a série de casos de corrupção que está sendo apurada pelo Ministério Público. 

 Ao Correio do Estado, o ex-presidente do Operário e um dos vice-presidentes da FFMS disse que aguarda mais informações sobre a investigação para relatar sobre o caso. No momento a sua postura é de cautela. 

"Precisamos ter cautela e analisar com calma as informações e ver quais são as acusações, o que pode acarretar em termos de afastamento, seja preventivo ou temporário. Posso confirmar que meu telefone tocou e fui consultado para ser um dos interventores. Se caso o meu nome for aprovado, estou à disposição da federação", relatou. 

A reportagem tentou contato com outro nome especulado, Sidinei Barbosa, mas não obteve resposta, e o material segue aberto.

Sidinei Barbosa, atual presidente do Rádio Clube, pfoi outro nome consultado para ser um dos interventores na FFMS/ Foto: Esporte MS/ Divulgação 

Conforme dados da investigação, Francisco Carlos Pereira, Valdir Alves Pereira e Umberto Alves Pereira, sobrinhos de Cezário, estão sendo investigados. Outro preso durante a operação na manhã de hoje foi o filho de Umberto. O nome dele não foi divulgado, mas ele era responsável pelo setor financeiro.

Segundo informações do Gaeco, entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, a investigação levantou que a FFMS desviou mais de R$6 milhões. Cezário foi eleito no ano passado e comandaria a entidade até 2027. Atualmente, está em seu sétimo mandato como presidente da federação.

Diante das informações, os agentes do Gaeco cumpriram 7 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

Além de Cezário, o nome de Jamiro Rodrigues de Oliveira, vice-presidente da FFMS; Marco Antônio Tavares, vice-presidente e coordenador de competições da federação, que também consta como presidente da Federação de Tênis de Mesa; Aparecido Alves Pereira, delegado de jogos da FFMS; Rudson Bogarim Barbosa, que em publicação do site da entidade em 2022 constava como gerente da TI da FFMS, foram todos localizados pelo Gaeco para dar explicações.


Investigação 
De acordo com as investigações, uma das formas de desvio de dinheiro era realizada em saques em espécie de contas bancárias da Federação de Futebol, em valores não superiores a R$ 5 mil, para não alertar os órgãos de controle.

Ainda conforme dados do Gaeco, os integrantes da organização criminosa realizaram mais de 1.200 saques, que ultrapassaram R$ 3 milhões. O dinheiro desviado era dividido entre os integrantes do esquema.


Cesário é preso após 26 anos na frente da Federação 
Conhecido pela longevidade no comando de uma federação de futebol no país, Cezário foi, por 26 anos, o "dono da bola" ou "imperador do futebol de MS". Ele está em seu sétimo mandato e ficaria no comando até 2027. A última eleição aconteceu em 2022 e foi marcada por briga na justiça, finalizando com a vitória de Francisco Cezário.

 


 

DAQUI 5 ANOS

Presidente da Conmebol sugere Copa do Mundo de 2030 com 64 seleções

Para a próxima edição do Mundial, a FIFA já aumentou o número de equipes participantes para 48, que pode sofrer novo acréscimo na "comemoração" de 100 anos do torneio, em 2030

10/04/2025 13h15

Alejandro Domínguez (ao lado de Gianni Infantino) sugeriu que tenham 64 seleções em 2030'

Alejandro Domínguez (ao lado de Gianni Infantino) sugeriu que tenham 64 seleções em 2030' Foto: Reprodução/X

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O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, sugeriu nesta quinta-feira que a futura Copa do Mundo de 2030 conte com 64 seleções, o dobro de equipes que disputaram o último Mundial, no Catar, em 2022. O dirigente afirmou que a ideia seria realizar esta versão ampliada da Copa de forma excepcional, em razão do aniversário de 100 anos da competição.

"Estamos convencidos de que a comemoração do centenário será única, porque só se faz 100 anos uma vez. E é por isso que estamos propondo, SOMENTE UMA VEZ, realizar este aniversário com 64 equipes, em três continentes simultaneamente. Para que todos os países tenham a oportunidade de viver uma experiência global, e para que ninguém neste planeta fique de fora desta festa que, embora seja jogada em todos os lugares, É A NOSSA FESTA", afirmou Alejandro Domínguez, pelas redes sociais.

A Copa do Mundo vinha contando com a participação de 32 times desde a edição de 1998 - em 1994, eram apenas 24 seleções. Mas o próximo Mundial, em 2026, vai marcar uma ampliação no número de equipes, com 48. O evento será disputado em três países: Estados Unidos, México e Canadá.

A ideia de Domínguez precisaria ser aprovada pela Fifa e seus órgãos internos para ser colocada em prática. Independente disso, a edição 2030 da Copa já será disputada de forma excepcional por ser sediada em seis países diferentes, em três continentes.

Os três primeiros jogos serão disputados na Argentina, Paraguai e Uruguai, em referência ao centenário do torneio, inaugurado em 1930, em solo uruguaio. Da América do Sul, a Copa vai rumar para Espanha, Portugal e Marrocos, sedes das demais partidas do Mundial.

Relembre

Antes de polêmica com Daiane Muniz, árbitro de MS anulou pênalti contra o Flamengo

Após confusão, Paulo Volkopf, que apitou a final do sul-mato-grossense de 2025, desmarcou penalidade para time catarinense

10/04/2025 12h15

Paulo Volkopf anulou marcação após dois minutos de debate

Paulo Volkopf anulou marcação após dois minutos de debate Foto: Divulgação

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Afastada após erro crucial na partida entre Internacional e Cruzeiro no último final de semana, a árbitra de Três Lagoas Daiane Muniz não é a única sul-mato-grossense a se envolver em polêmica de arbitragem pelo Brasil.

Há sete anos, em julho de 2017, Paulo Vollkopf, árbitro da final do Campeonato Sul-Mato-Grossense de 2025, assinalou pênalti em favor do Avaí, em confronto diante do Flamengo, entretanto, após dois minutos de espera, voltou atrás da decisão, e anulou o lance. A decisão gerou grande repercussão negativa em cima da atuação de Volkopf, e causou revolta em catarinenses e cariocas. 

Ao Correio do Estado, Volkopf declarou que apesar da demora, a decisão tomada à época foi acertada, visto que naquele período, os árbitros do país não contavam com o auxílio do árbitro de vídeo [VAR], recurso o qual Daiane Muniz detinha e não utilizou no último final de semana.

Cabe destacar que o vídeo suporte foi utilizado pela primeira vez durante a Copa do Mundo de 2018, ou seja, após a polêmica vivida pelo sul-mato-grossense no Estádio da Ressacada, em Santa Catarina. 

Na súmula da partida, o árbitro não citou a confusão gerada após a marcação do pênalti de Everton em Diego Tavares.

O único registro foi a expulsão de Marquinhos, que já no banco de reservas, recebeu cartão vermelho após reclamar da decisão da arbitragem. Com gols de Rômulo e Leandro Damião, a partida terminou empatada em 1 a 1. 

“Em 2017 nós não tínhamos o recurso do VAR. Acontece que eu faço a marcação [do pênalti] e o meu assistente me chama e diz que eu havia errado, voltei atrás e corrigi o erro”, disse o árbitro, que na ocasião foi auxiliado pelos também sul-mato-grossenses Eduardo Gonçalves da Cruz e Leandro dos Santos Ruberdo, quem o auxiliou no lance.

Veja lance

Questionado sobre o erro mais recente de Daiane Muniz, o professor de educação física disse que a falha dela (que atuava como VAR), foi não ter chamado o árbitro de campo para rever o lance que ocasionou o pênalti que abriu o placar para o time gaúcho.

A partida foi comandada por Marcelo de Lima Henrique, junto de Daiane, também afastado pela Confederação Brasileira de Futebol. Além deles, os assistentes Nailton Júnior de Sousa e Renan Aguiar da Costa (CE); o quarto árbitro Luciano da Silva Miranda (CE) e a auxiliar de vídeo Amanda Matias, também foram afastados e passarão por reciclagem, de pelo menos, 30 dias. 

Reciclagem

Uma pessoa ligada ao quadro de arbitragem da FFMS destacou à reportagem como funcionam os processos de reciclagem dos árbitros, sobretudo após erros de grande repercussão. 

Conforme apurado, após os erros, os envolvidos são prontamente afastados dos campos e participam de uma reunião junto à CBF para que a confederação possa compreender a dinâmica do erro. 

Após isso, os árbitros passam por testes técnicos, uma espécie de prova, realizada através de formulários que atestam os conhecimentos de todos. Por fim, os formulários são enviados à CBF, que atesta se aqueles que erraram possuem nível técnico suficiente para voltar aos gramados.

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