Para promover a inclusão social por meio do esporte, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) realiza esta semana, em Corumbá, a 11ª Olimpíadas Especiais das Apaes – Edição Estadual. O evento começou na terça-feira e segue até amanhã, com a participação de 420 atletas de 41 Apaes de Mato Grosso do Sul.
O objetivo do evento é estimular a ação participativa e integrada de atletas, profissionais, dirigentes e familiares para sua inclusão na sociedade por meio de práticas esportivas.
Alunos das Apaes também terão a oportunidade de fazer parte da seletiva para a 13ª Olimpíadas das Apaes – Edição Nacional, que ocorrerá em Aracaju (SE), de 5 a 10 de dezembro.
Os atletas apaeanos competirão nas seguintes modalidades esportivas: atletismo, futebol de salão, futebol society, handebol, natação, tênis de mesa e bocha.
O jogos especiais estão sendo organizados pela Federação das Apaes do Estado de Mato Grosso do Sul e pela Apae de Corumbá, com parceria da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte) e prefeitura local.
Para a coordenadora regional dos Jogos das Apaes, Michele Caroline Fabian, a participação traz grandes expectativas e crescimento para os alunos.
“Em termos de desenvolvimento para os atletas, a experiência é ótima, pois proporciona um crescimento pessoal. As expectativas para os jogos são imensas, além do desejo de bons resultados”, destacou.
Os atletas da Apae nas Olimpíadas são dos municípios de Água Clara, Alcinópolis, Amambai, Angélica, Antônio João, Aparecida do Taboado, Brasilândia, Bandeirantes, Bela Vista, Bataguassu, Camapuã, Caarapó, Campo Grande, Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Inocência, Ivinhema, Itaporã, Itaquiraí, Miranda, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paranaíba, Paranhos, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, Sete Quedas, Sonora, Taquarussu e Três Lagoas.
De Campo Grande, 27 atletas e nove profissionais do Centro de Educação Especial Girassol (Cedeg/Apae) estão em Corumbá.
Segundo Helciane Franco, diretora pedagógica do Cedeg/Apae, as Olimpíadas são importantes para o desenvolvimento global da pessoa com deficiência. “Por meio da prática esportiva, o aluno adquire experiências que o favorece no meio em que vive”.
A diretora ainda completa, sobre a expectativa dos alunos para a realização dos jogos. “As Olimpíadas são sempre muito esperadas pelos atletas, e o número de participantes só cresce. Alguns atletas já se destacam no Estado, mas agora buscamos alcançar o nível nacional”.
EDIÇÃO REGIONAL
Campo Grande sediou, nos dias 22 e 23 de junho deste ano, as Olimpíadas Especiais da Apaes da 3ª Região – Edição Regional.
As modalidades disputadas nesta competição foram futsal e tênis de mesa, com realização no ginásio da Cedeg/Apae, natação, que ocorreu no Parque Tarsila do Amaral, e atletismo, nas pistas do Parque Ayrton Senna.
No evento, 87 atletas competiram nas Olimpíadas Regionais, que contaram com delegações dos municípios de Nova Alvorada do Sul, Miranda, Corumbá e Dois Irmãos do Buriti.
DESTAQUE PARALÍMPICA
Flávia de Lima, aluna do Cedeg/Apae, foi convocada para a seleção brasileira, em julho, para disputar a Copa Internacional 2022 de Petra, em Frederiksberg, na Dinamarca.
Flávia tem paralisia cerebral e deficiência nas pernas e nos pés. Em um ano praticando petra, a paratleta já conquistou 19 medalhas, sendo a atual recordista brasileira nos 100 m feminino.
Petra é uma modalidade do atletismo adaptada para pessoas com paralisia cerebral, que contém equipamento parecido com uma bicicleta de três rodas, um guidão para direcionar o suporte para o tronco e um banco para o assento, mas não tem pedal anexado.
A principal conquista da atleta foi uma medalha de ouro na modalidade petra no Open Internacional Lotéricas Caixa de Atletismo e Natação, em 2019.
SAIBA
As Olimpíadas Especiais das Apaes são realizadas desde 1973. Seu objetivo é proporcionar aos estudantes participantes da competição, que frequentam as entidades, não só fazer parte de um evento de amplitude nacional, como oportunizar momentos de interação com outras pessoas, uma vez que, frequentemente, são impossibilitados pelas barreiras físicas e sociais de poderem ter esse contato com o esporte.




