Esportes

PARIS 2024

Olimpíadas 2024: Brasil nunca conquistou medalha em vários esportes; veja quais

País participa dos Jogos Olímpicos desde 1920 e atletas nunca subiram ao pódio em mais de 20 modalidades

Continue lendo...

Os Jogos Olímpicos de Paris terminam oficalmente neste domingo (11), mas as disputas por medalhas já se encerraram neste sábado (10). Durante as transmissões ou notícias sobre as Olimpíadas, é comum ouvir ou ler que determinado atleta ou equipe conseguiu o melhor resultado para o Brasil na modalidade, mesmo ficando fora do pódio.

Neste ano, por exemplo, o atleta Caio Bonfim fez história ao conquistar a primeira medalha do País na marcha atlética, com a prata nos 20 km masculino. 

Isto ocorre porque há diversas modalidades em que o Brasil nunca medalhou na história das Olimpíadas.

Os primeiros Jogos Olímpicos foram realizados em 1896 em Atenas, na Grécia, com atletas de 14 países. O Brasil, no entanto, participou de 20 edições olímpicas, sendo a estreia na Antuérpia, em 1920.

Desde então, contando o resultado parcial de Paris, até a noite de sexta-feira (9), o país conquistou, no total, 171 medalhas, sendo 40 de ouro, 49 de prata e 82 de bronze.

Há alguns esportes em que o Brasil tem tradição de medalhar, como judô, natação e vela, enquanto em outras o País ainda não é tão competitivo, não tendo, em alguns casos, sequer atletas classificados para disputar os jogos, considerando apenas os esportes que ainda fazem parte do programa olimpico.

Dentre as modalidades em que nenhum atleta brasileiro subiu ao pódio na história estão algumas que vem em uma crescente no País, como é o caso do tênis de mesa, até as mais "jovens" nos jogos, como escalada, que estreou em Tokio 2020 e nunca teve representante do Brasil.

Confira as modalidades que o Brasil nunca conquistou uma medalha olímpica.

Badminton

O badminton foi implementado nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona, e é disputado até hoje em Jogos Olímpicos. 

O melhor resultado do Brasil na modalidade foi em Paris 2024, quando a  piauiense Juliana Viana venceu a atleta de Hong Kong, sendo a primeira vitória de uma atleta brasileira no badminton em Jogos Olímpicos. Ela, no entanto, não passou de fase e foi eliminada nas classificatórias.

Breaking

O breaking fez sua estreia nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, em 2018. Após seu grande sucesso, o breaking foi escolhido para aparecer no programa de esportes Olímpicos de Paris 2024 como uma nova modalidade.

Os atletas do Brasil não conseguiram classificação e, desta forma, não houve representantes em Paris.

Ciclismo

O Brasil nunca conquistou medalhas em nenhuma modalidade de ciclismo disputada nas Olimpíadas: BMX Freestyle, BMX Racing, ciclismo de estrada, ciclismo de pista e mountain bike.

Também em Paris 2024, Gustavo Bala Loka entrou para a história ao se classificar para a final do BMX Freestyle e encerrar a competição em sexto lugar, o melhor resultado de um atleta brasileiro.

O ciclismo faz parte das Olimpíadas desde a primeira edição dos jogos modernos, em 1896, em Atenas.

Canoagem slalom

A canoagem slalom estreou em Jogos Olímpicos na edição de Munique-1972. Depois disso, entretanto, ficou de fora entre 1976 e 1988, retornando apenas nos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992. A partir de então, esteve presente em todas as edições.

Escalada

A escalada esportiva estreou nos Jogos de Tóquio 2020, entrando no programa Olímpico como um novo esporte.

Em duas edições disputadas até então, o Brasil nunca teve atletas representantes.

Esgrima

A esgrima é um dos esportes tradicionais dos Jogos Olímpicos modernos, disputados desde a primeira edição, em Atenas 1896. 

Nathalie Moellhausen detém o melhor resultado do Brasil na esgrima em Jogos Olímpicos, com a chegada nas quartas de final em 2016, no Rio de Janeiro.

Ginástica de trampolim

A ginástica de trampolim é uma modalidade esportiva da ginástica que envolve a execução de saltos acrobáticos em um trampolim elástico e estreou nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000. 

A primeira vez que o Brasil teve um representante foi na Rio 2016, por ser o país sede. Neste ano, pela primeira vez um ginasta em cada gênero conseguiu classificação para os jogos, mas ambos não passaram da primeira fase.

Ginástica rítmica

Incluída nas Olimpíadas em 1984, em Los Angeles, a ginástica rítmica é, atualmente, a única modalidade restrita a mulheres nas Olímpiadas. 

O Brasil tem histórico de participação desde Sydney 2000, ficando de fora apenas, tendo a melhor colocação, no conjunto, em Atenas 2004, quando terminou em sétimo lugar. 

,Já no individual, Barbara Domingos chegou ao melhor resultado nesta edição de Paris 2024, ao chegar, pela primeira vez, em uma final da modalidade. Ela terminou em 10º lugar.

Golfe

O golfe fez parte do programa olimpico em 1900 e 1904 e retornou a partir da Rio 2016.

O Brasil participou apenas da edição em que foi país sede, com uma vaga por sediar os jogos e duas conquistadas por méritos dos atletas.

Os golfistas brasileiros do Time Brasil foram o gaúcho Adilson da Silva (39º), Miriam Nagl (52ª) e Victoria Lovelady (53ª).

Handebol

O handebol masculino foi introduzido nos Jogos Olímpicos durante a edição de Berlim 1936, ficando de fora das edições seguintes e retornando em 1972, em Munique. A modalidade feminina começou em 1976, em Montreal.

No feminino, o Brasil chegou a duas quartas de final, na Rio 2016 e em Paris 2024. Já no masculino, o melhor resultado também foi uma quartas de final na Rio 2016.

Hóquei sobre grama

O hóquei sobre grama fez sua primeira aparição nos Jogos de 1908, em Londres, antes se tornarem uma modalidade permanente no programa Olímpico a partir de 1928.

Sem tradição no esporte, o Brasil participou de apenas uma edição olímpica, sendo a Rio 2016, onde terminou em 12° lugar.

Levantamento de peso

A primeira participação do Brasil foi em Helsinque 1952.

Fernando Reis é dono do melhor resultado do Brasil no levantamento de peso em Jogos Olímpicos, com o quinto lugar obtido na Rio 2016

No feminino, que estreou somente em Sydney 2000, a melhor colocação também é um quinto lugar, obtido por Jaqueline Ferreira em Londres 2012, e Rosane Santos na Rio 2016.

Luta

Atualmente, existem dois tipos de luta olímpica: a greco-romana, que estreou na primeira Olimpíada em Atenas 1896, e a livre, incluída no programa Olímpico em Saint Louis 1904.

O Brasil nunca medalhou em nenhuma das modalidades. 

Nado artístico 

O nado artístico, anteriormente chamado de nado sincronizado, é disputado desde Los Angeles 1984.

O Brasil participou de sete edições, mas não conseguiu emplacar um desempenho bom o bastante para chegar ao pódio, tendo o melhor resultado um sexto lugar por equipes na Rio 2016.

Polo aquático 

O polo aquático é um dos esportes coletivos mais antigos dos Jogos Olímpicos modernos, tendo sido inserido no programa na sefunda edição, em Paris 1900 .

O Brasil, no entanto, não tem tradição nesta modalidade e só participou quando foi convidado ou quando foi o país sede, na Rio 2016, sendo oito participações do time masculino e uma do feminino.

Em Jogos Olímpicos, a melhor participação do Brasil foi o 6º lugar em 1920, na Antuérpia.

Remo

O remo é disputado nos Jogos Olímpicos desde Paris 1900.

Em Tóquio 2020, Lucas Verthein representou o país e conquistou o melhor resultado individual do Brasil, chegando à semifinal e terminando em 12º lugar.

Rugby sevens

O rugby sevens é um esporte que foi introduzido pela primeira vez nos Jogos Olímpicos na edição de 2016, no Rio de Janeiro.

O Brasil particpiu das tres edições, com o melhor resultado sendo um 9º lugar no Rio 2016 na categoria feminina.

Em Tóquio 2020 a seleção ficou em 11° e em Paris 2024  terminaram em 10°.

Saltos ornamentais

Os saltos ornamentais parte do programa de competições olímpicas desde os Jogos de St. Louis, em 1904.

O Brasil participa desde a Antuérpia 1920. Contudo, apesar da tradição brasileira na modalidade, o Brasil nunca conseguiu nenhum pódio nos saltos ornamentais. Os representantes do país nunca passaram da fase classificatória.

Tênis de mesa

O tênis de mesa é disputado nos Jogos Olímpicos desde Seul 1988.

A melhor campanha do Brasil neste esporte foi em Paris 2024. 

No masculino individual, Hugo Calderano terminou em quarto lugar, ao ser derrotado na disputado pelo bronze.

No feminino individual, Bruna Takahashi também teve o melhor resultado da história das mulheres, chegando às oitavas de final.

Por equipes, a chave masculina, com a chegada às quartas de final, igualou a campanha de Tóquio 2020.

Tiro com arco

Mesmo sem medalha, Marcus D'Almeida repetiu o melhor desempenho de um atleta brasileiro no tiro com arco entre os homens, chegando às oitavas de final, igualando o resultado de Tóquio 2020.

No feminino, Ana Luiza tambem chegou as oitavas no feminino, igualando feito conseguido por Ane Marcelle na Rio 2016.

A modalidade é disputada nas Olimpíadas desde Paris 1900.

Triatlo

O triatlo foi adicionado ao programa Olímpico nos Jogos de Sydney 2000.

O triatleta Miguel Hidalgo conquistou a 10ª posição na prova de triatlo dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, alcançando a melhor classificação do Brasil na história da modalidade nos Jogos Olímpicos.

Esportes em que o Brasil já foi medalhista Olímpico 

Na contramão, há vários esportes em que o Brasil já garantiu medalhas na história dos jogos Olímpicos. Confira as modalidades e o número total de medalhas, somando ouro, prata e bronze.

  • Vela - 19
  • Judô - 28
  • Atletismo - 21
  • Vôlei - 12
  • Vôlei de praia - 14
  • Ginástica artística - 10
  • Futebol - 10
  • Boxe - 9
  • Natação - 15
  • Canoagem - 5
  • Tiro esportivo - 4
  • Surfe - 3
  • Hipismo - 3
  • Maratona aquática - 2
  • Skate - 5
  • Basquetebol - 5
  • Taekwondo - 3
  • Pentatlo moderno - 1
  • Tênis - 1

Assine o Correio do Estado 

SOB NOVA ADMINISTRAÇÃO

Morenão sairá da mãos da UFMS e será concedido ao Estado

Secretario de Esporta e Cultura afirmou que a atual reitora da universidade concordou em ceder o estádio, que não recebe um jogo há quase três anos, por 35 anos

14/01/2025 13h00

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração

Em obras desde 2022, o Morenão deve ter mudança de administração Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Parado há três anos, o Estádio Pedro Pedrossian, conhecido apenas como Morenão, deve sair do controle da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e ficar sob respondabilidade do Governo do Estado, segundo Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

O interesse foi formalizado em junho do ano passado, quando a Setesc apresentou o ofício ao reitor da UFMS na época, Marcelo Turine. Ainda, foi ressaltado que a administração do Estádio ficaria sob responsabilidade da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).

Na manhã desta terça-feira (14), durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense de 2025, Marcelo Miranda voltou a falar sobre o assunto e afirmou que a concessão está nas tratativas finais, mas ainda em conversas. Porém, salientou que o caso deve ser resolvido de forma definitiva em 15 dias, com provável final feliz para o Governo do Estado.

"Já tinhamos observado o interesse da reitora Camila e sua posição pessoal favorável. No entanto, era necessário passar pelo Conselho Universitário, que aprovou a proposta. Agora, já recebemos uma resposta oficial positiva e estamos em tratativas para definir os detalhes do período de concessão", disse.

"São questões simples, como a manutenção durante esse período em que trabalharemos na viabilidade técnica. Acredito que esses pequenos detalhes poderão ser resolvidos em 10 a 15 dias. Assim, poderemos finalmente iniciar o estudo técnico necessário para planejar uma PPP que transforme o Morenão em um grande centro de eventos e de futebol. Até fevereiro, tudo deve estar resolvido", acrescentou o secretário.

Em nota, a UFMS disse que foi aprovada no dia 5 de novembro de 2024 a possibilidade da assinatura do convêncio de delegação para a concessão do estádio para o Governo do Estado, por um período de 35 anos.

"Essa aprovação pavimentou o caminho para realização de estudos de viabilidade, seguida pela licitação de parceria público privada PPP), os quais serão conduzidos pelo Estado, mediante a assinatura do contrato", diz a nota.

A Universidade diz ainda que aguarda devolutiva do estado para assinatura do referido instrumento jurídico.

 

NASCE UMA JOIA

Brasileiro vence número 9 do mundo em estreia em Grand Slam

Uma das maiores promessas do tênis, João Fonseca, de apenas 18 anos, venceu Andrey Rublev no Australian Open

14/01/2025 10h15

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open

João Fonseca, de 18 anos, venceu russo nono do mundo na estreia do Australian Open Foto: William West / AFP

Continue Lendo...

Com uma atuação sólida e arrasadora, João Fonseca derrubou o número nove do mundo, o russo Andrey Rublev, nesta terça-feira, em sua estreia numa chave principal de Grand Slam. A jovem promessa do Brasil avançou à segunda rodada do Aberto da Austrália com uma vitória contundente pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/1), 6/3 e 7/6 (7/5). O jogo, que durou 2h23min, era um dos mais aguardados pela imprensa mundial nesta rodada de abertura em Melbourne.

O triunfo sobre o rival de peso, que já foi número cinco do mundo, no ano passado, confirma o novo status do brasileiro, tido como promessa em nível mundial por diversos especialistas. Não por acaso Fonseca fez sua estreia logo na Margaret Court Arena, a segunda maior do complexo do aberto da Austrália, onde só costumam jogar os tenistas mais vitoriosos e bem ranqueados do circuito.

O carioca de apenas 18 anos não se deixou abater pelo nervosismo e vibrou com a torcida desde o primeiro set. Fonseca esbanjou recursos, exibindo seu repertório de bolas fortes do fundo de quadra (principalmente com sua poderosa direita), saque sólido, voleios e subidas à rede e deixadinhas. Acertou aces em momentos decisivos e não sentiu a pressão de jogar break points.

Com a confiança em alta, ele envolveu Rublev desde os primeiros games. Foram 14 aces e 51 bolas vencedoras, que castigaram o experiente russo nos dois últimos sets. A performance firme fez com que o brasileiro terminasse sua nona partida seguida sem perder sets - ele ainda não sofreu nenhuma quebra de saque nesta edição do Aberto da Austrália, desde o quali.

Ele soma agora 14 vitórias consecutivas. Não perde desde a surpreendente conquista do Torneio Next Gen, antes do Natal. Depois, ganhou embalou com o troféu do Challenger de Camberra, já na Austrália. E manteve as exibições de alto nível nas três partidas do qualifying, a fase preliminar que disputou para poder entrar na chave principal do Aberto da Austrália.

O triunfo desta terça foi o maior vitória de um tenista brasileiro num Grand Slam desde que Thiago Wild derrubou outro russo, Daniil Medvedev, então número dois do mundo, na primeira rodada de Roland Garros de 2023.

Na segunda rodada, ainda sem data e horários definidos, Fonseca vai enfrentar o italiano Lorenzo Sonego, atual 55º do mundo, mas que já foi o 21º, em 2021. Os dois tenistas já se enfrentaram no circuito. E o brasileiro levou a melhor, no ano passado, no saibro do Torneio de Bucareste, na Romênia.

O primeiro set de Fonseca numa chave principal de Grand Slam foi marcado pelo equilíbrio. Apesar do confronto entre um 112º do ranking e o atual nono colocado, o brasileiro jogou de igual para igual com o russo do primeiro ao último ponto.

A parcial contou bons saques de ambos os lados. Fonseca disparou sete aces e só teve o saque ameaçado uma única vez, sem ceder a quebra. Ao mesmo tempo, o brasileiro não conseguiu nenhum break point, o que acabou levando a disputa para o tie-break. No desempate, Fonseca abriu 4/0, esbanjando solidez em seus golpes. Rublev não esboçou reação e o brasileiro aproveitou o primeiro de cinco set points para fechar em 7/1.

Fonseca levou o ritmo do tie-break para o segundo set. E passeou em quadra nos três primeiros games. No segundo, obteve a primeira quebra de saque da partida. E quase repetiu o feito no quarto game, quando Rublev suou para manter seu serviço. Disparando bolas vencedoras de diferentes cantos da quadra, o brasileiro encaminhou o segundo set até com certa tranquilidade.

O terceiro set contou com mais oscilações de ambos os tenistas. Pela primeira vez na partida, Fonseca baixou o ritmo no início. Acabou, assim, perdendo o saque pela primeira vez, no quarto game. Rublev abriu 3/1 e parecia esboçar reação. O brasileiro, contudo, reagiu prontamente e devolveu a quebra logo no game seguinte.

A partir do 4/4 no placar, os dois tenistas passaram a protagonizar uma batalha franca, com bons momentos de ambos os lados. O duelo precisou ser decidido no tie-break, quando Fonseca começou na frente e aproveitou o nervosismo de Rublev, que chegou a jogar a raquete no chão num momento de fúria, para encaminhar o histórico triunfo em sua carreira para a festa da torcida brasileira presente na segunda quadra mais importante do complexo.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).