A Agência Nacional de Mineração (ANM) registrou, em maio deste ano, a segunda maior descoberta de um diamante em território brasileiro. A pedra preciosa de 646,78 quilates foi encontrada no município de Coromandel, localizado no Triângulo Mineiro. Por ser um dos cristais mais valiosos do mercado, ligou o sinal de alerta da indústria joalheira.
Localizada em uma área com Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) regularmente titulada e fiscalizada, a pedra preciosa foi a segunda maior registrada no Brasil. Isso porque, em 1938, também em Coromandel, foi encontrado o diamante de 727 quilates, intitulado como “Getúlio Vargas”. Apesar de sua raridade, o mineral somente será exportado ou introduzido no mercado interno mediante regulamentações.

Para que uma nova funcionalidade seja assinada, as regras precisam seguir o Processo de Certificação de Kimberley (CPK), sistema internacional que busca impedir o uso de diamantes no financiamento de conflitos armados ou atividades ilegais. A fim de entender o tamanho da façanha, o diamante encontrado está avaliado em R$ 16 milhões.
“No Brasil, não existe uma tabela oficial que defina seu valor, mas não há dúvidas de que se trata de uma gema extremamente rara. Quando essa pedra foi descoberta, não duvidei em nenhum momento. Fiquei muito feliz em ver o Brasil novamente em destaque. Isso cria esperança para todo garimpeiro que sonha encontrar uma pedra como essa”, ressaltou o geólogo Daniel Fernandes.
Impactos econômicos na descoberta do diamante
De acordo com o prefeito de Coromandel, Fernando Breno, conforme a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), a alíquota gerada pelo diamante encontrado é de 2% sobre a receita bruta da venda, deduzidos os tributos já pagos sobre a comercialização. Portanto, o valor gerado que deverá ser pago ao Governo Federal e repassado de maneira integral para o Município está em torno de R$ 320 mil.




