O horário de verão no Brasil foi encerrado em 2019, quando o até então presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que pôs fim à prática de adiantar os relógios para aproveitar melhor a luz do dia. No entanto, o Nordeste brasileiro possui uma peculiaridade que pode facilmente garantir fusos diferentes do apresentado por Brasília.
Por seu posicionamento geográfico, a região comporta o nascer do sol e anoitecer mais cedo do que a maior parte do país. O detalhe curioso é que a maioria dos estados nordestinos está no fuso horário de Brasília (GMT -3), quando, na verdade, deveriam seguir o fuso horário GMT -2, o mesmo de Fernando de Noronha, em Pernambuco.

A título de curiosidade, os estados localizados na costa leste nordestina (Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) poderiam facilmente ter o fuso de Noronha. Isso porque essas regiões testemunham um nascer do sol entre 04h30 e 05h30 e o pôr do sol entre 17h e 17h40, horários que são incomuns para áreas próximas à linha do Equador.
Em contrapartida, São Luís, localizada mais próxima ao equador, enxerga o sol nascer entre 05h30 e 06h30 e se pôr entre 18h e 18h40. Já em Fortaleza, o sol atinge seu ponto mais alto às 11h30, enquanto em João Pessoa, às 6h da manhã, o sol já está alto, e às 17h30, já está escuro. Por fim, em Salvador, o nascer corresponde a 05h30 e o pôr, às 17h30.
Como foi adotado o fuso do Nordeste e demais regiões?
O horário legal brasileiro foi instituído por meio do Decreto nº 2.784, assinado em junho de 1913, que dividiu o país em quatro fusos horários distintos. Por outro lado, em 2008, a Lei nº 11.662 alterou essa divisão, ajustando alguns fusos. Em resumo, o país conta com os horários de Fernando de Noronha, Brasília, Amazonas e Acre.





