Após 36 anos de operação, o Burger King anunciou o encerramento de suas atividades na Argentina, país que havia inaugurado a primeira unidade em 1989, no bairro de Belgrano, em Buenos Aires. Atualmente, a nação sul-americana conta com 116 restaurantes espalhados. A ideia de fechar as portas faz parte do processo de desinvestimento regional por parte da empresa estadunidense.
Embora seja a terceira maior marca de hambúrgueres da Argentina, ficando atrás apenas do McDonald’s e da rede local Mostaza, o BK optou por fechar todos os estabelecimentos espalhados por 11 distritos, incluindo Mendoza. O martelo foi batido pelo grupo mexicano Alsea, responsável pela franquia desde 2006, e que também administra Starbucks, Domino’s e The Cheesecake Factory.

Sobretudo, a ideia da companhia mexicana é concentrar investimentos em marcas mais rentáveis, fator que descarta o Burger King do catálogo. Nesse ínterim, a Alsea estuda fortalecer a marca do Starbucks, que conta com 133 cafeterias no país. O encerramento das atividades ganhou forças com o baixo ritmo de expansão perante à concorrência.
Para se ter uma noção do desnível, o BK era o vice-líder no segmento de fast-food argentino, mas acabou ultrapassada pela Mostaza, permanecendo em terceiro lugar até hoje. De acordo com os representantes da marca, a crise foi agravada no período da pandemia da Covid-19, resultando em quedas nas vendas e fechamento de alguns pontos.
Lojas do Burger King serão vendidas
Segundo informações da imprensa argentina, o banco BBVA ficou responsabilizado por conduzir o processo de venda das lojas. Ainda que as transferências não tenham sido sacramentadas, Inverlat, Desarrolladora Gastronómica e Int Food Services demonstraram interesse nas unidades. No mais, as negociações seguem em andamento.
Mas, afinal, quem são os três interessados?
- Inverlat, fundo de investimentos dono de Havanna e ex-operador de Wendy’s e KFC;
- Desarrolladora Gastronómica, holding que controla Kentucky, Sbarro, Chicken Chill e Puni;
- Int Food Services, grupo equatoriano que já administra o KFC em outros países da região.





