A China encontrou uma forma de pressionar os Estados Unidos ao detalhar novas restrições às exportações de terras raras, elementos essenciais para a produção de tecnologias avançadas e equipamentos militares. Esses minerais, como neodímio, cério e lantânio, são usados em smartphones, carros elétricos, painéis solares e caças como o F-35.
O país detém quase o monopólio da extração e do processamento desses elementos, o que dá a Pequim um poder estratégico nas negociações comerciais globais. Empresas estrangeiras precisarão de autorização do governo chinês para exportar produtos contendo essas substâncias, declarando o uso pretendido.
As medidas da China provocaram reação dos EUA, com ameaças de tarifas e restrições a softwares estratégicos. A ação busca explorar vulnerabilidades das cadeias de suprimento americanas e fortalecer o poder de barganha de Pequim.

Impacto global e negociações em andamento
O anúncio chinês intensifica a guerra comercial, encerrando meses de relativa calmaria após a trégua de maio. A China mantém firme sua posição, afirmando que autorizações para uso civil serão aprovadas, mas reforçando o controle sobre exportações estratégicas.
O cenário global é afetado, já que cerca de 70% das terras raras usadas em imãs para motores de veículos elétricos vêm da China. Países como Austrália e Brasil possuem reservas significativas, mas enfrentam limitações na infraestrutura e produção, tornando o processamento caro e demorado.
Nos próximos dias, líderes dos dois países, incluindo Donald Trump e Xi Jinping, devem se reunir para discutir as tensões comerciais. Enquanto a China usa as terras raras como instrumento de negociação, os EUA ainda dispõem de medidas de retaliação e incentivos internos para reduzir a dependência futura.





