Araçuaí, localizada no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, registrou uma temperatura recorde de 44,8 °C, superando Manaus e desbancando o recorde anterior de Bom Jesus, no Piauí, que marcava 44,7 °C desde 2005.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a alta temperatura foi impulsionada pelo clima semiárido da região, baixa umidade e ventos quentes transportados do interior do país, além da influência do fenômeno El Niño.
O calor intenso impacta diretamente a vida cotidiana dos moradores de Araçuaí. Atividades econômicas, como a agricultura, sofrem com a escassez de água e o estresse térmico sobre pessoas e animais.
A saúde da população também é afetada, com risco de desidratação e doenças relacionadas ao calor. Além disso, a infraestrutura local enfrenta dificuldades para lidar com condições tão extremas, exigindo adaptações para minimizar os efeitos das altas temperaturas.

Cultura e desafios frente às ondas de calor
Apesar das adversidades climáticas, Araçuaí mantém sua relevância cultural no Vale do Jequitinhonha. A cidade é conhecida por suas festas tradicionais, manifestações folclóricas e pelo artesanato característico, elementos que reforçam a identidade local. A tradição cultural segue ativa, mesmo diante dos impactos do clima, mostrando que a cidade consegue conciliar patrimônio histórico e desafios contemporâneos.
Especialistas alertam que eventos climáticos extremos tendem a se intensificar devido às mudanças climáticas, e fenômenos como o El Niño têm papel central na elevação das temperaturas. O registro em Araçuaí evidencia a necessidade de estratégias de adaptação em cidades vulneráveis ao calor extremo.
Entre as medidas sugeridas estão o planejamento urbano voltado para a redução da temperatura, infraestrutura de abastecimento de água e campanhas de conscientização sobre prevenção de doenças ligadas ao calor.





