A antecipação de parcelas em contratos de financiamento imobiliário pode reduzir em até 35% o custo total do empréstimo, segundo cálculos do Banco Central. Essa prática altera a dinâmica de amortização, priorizando a redução do principal sobre o pagamento de juros compostos. Em 2024, 27% dos contratos ativos utilizaram alguma forma de amortização extraordinária.
O Brasil opera principalmente com dois modelos de amortização e planejamento:
- Tabela Price: parcelas fixas com composição variável (83% dos contratos em 2025)
- SAC: amortização constante com juros decrescentes (17% da preferência nacional)
A antecipação de 12 parcelas finais em um financiamento de 30 anos pelo SAC reduz o prazo em 4 anos e 7 meses. Já na Price, o mesmo pagamento extra diminui os juros totais em 22%, mantendo o valor das prestações. Bancos como Caixa e Santander permitem aplicações a partir de R$ 500 sem taxas adicionais, mediante solicitação via aplicativo.

Uso estratégico de recursos complementares
O FGTS responde por 18% das amortizações extraordinárias, com limite de saque anual equivalente a 80% do saldo. Em 2024, 1,2 milhão de trabalhadores aplicaram R$ 9,3 bilhões do fundo em quitações parciais. A combinação com bônus salariais aumenta a eficiência: aplicações semestrais de 13º salário reduzem o Custo Efetivo Total (CET) em 1,2 pontos percentuais ao ano.
Especialistas recomendam simulações comparativas antes de decisões: um pagamento extra de R$ 20 mil em um financiamento de R$ 500 mil pode significar economia de R$ 48 mil em juros no SAC, ou redução de 11 meses no prazo na Price. Ferramentas digitais de projeção, disponíveis em 94% das instituições financeiras, permitem visualizar esses impactos em tempo real.





