O Brasil avançou na implementação de tecnologias para armazenamento de energia, incluindo sistemas capazes de guardar eletricidade gerada por fontes intermitentes, como turbinas eólicas e painéis solares.
No leilão de reserva de capacidade de energia realizado em 30 de agosto, foram incluídas baterias que permitiram armazenar energia nos períodos de maior geração e distribuí-la conforme a demanda. A medida foi confirmada pelo Ministério de Minas e Energia após o encerramento da consulta pública realizada anteriormente.
A necessidade dessa tecnologia surgiu com o crescimento das fontes renováveis no país. Diferente das termelétricas e hidrelétricas, a geração eólica e solar dependia de condições climáticas, tornando a oferta de energia menos previsível.
Com as baterias, foi possível reduzir perdas e aumentar a confiabilidade do fornecimento, armazenando energia quando havia excesso e liberando-a em horários de pico. Essa medida não só otimizou o uso de energia renovável, como também contribuiu para a estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Impacto e avanços no setor energético
Especialistas do setor energético consideraram a adoção das baterias um passo importante para modernizar o sistema elétrico brasileiro. A tecnologia ofereceu flexibilidade para lidar com interrupções e limitações na geração, diminuindo a necessidade de acionamento de termelétricas caras e poluentes.
Além disso, permitiu melhor planejamento operacional, já que o armazenamento viabilizou a distribuição da energia de forma mais controlada, sem depender exclusivamente da geração em tempo real.
A Associação Brasileira de Armazenamento de Energia (ABSAE) destacou que a inclusão das baterias nos leilões representou um avanço estratégico para a transição energética. Alguns analistas recomendaram que leilões futuros reservassem parte exclusiva para baterias, garantindo a demanda e a segurança energética.





