O Amazonas foi apontado como o estado menos seguro do Brasil para dirigir, segundo o Indicador Rodoviário Integrado de Segurança (IRIS), estudo divulgado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).
A pesquisa avaliou os 26 estados e o Distrito Federal com base em sete pilares do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), considerando fatores como qualidade das vias, educação no trânsito, fiscalização, atendimento às vítimas, promoção da saúde, normatização e indicadores de mortalidade.
Enquanto o Amazonas obteve nota baixa em praticamente todos os critérios, o Distrito Federal se destacou como a região mais segura para motoristas. Estados do Norte, como Pará, Roraima e Amapá, também ficaram nas últimas posições, refletindo fragilidades históricas em infraestrutura, fiscalização e atendimento às vítimas.

Aspectos detalhados da avaliação
No pilar “Vias Seguras”, o Amazonas apresentou os piores índices, com rodovias em condições críticas e sinalização insuficiente. Na educação para o trânsito, que avalia comportamento de condutores e efetividade da fiscalização, o estado também ficou abaixo da média nacional.
Já nos indicadores de mortalidade, que medem óbitos por veículos, habitantes e quilômetros rodados, o Amazonas registrou taxas elevadas, com motociclistas representando 54% das mortes no trânsito local.
O estudo também analisou a gestão da segurança, vigilância e normatização. Em todos esses pilares, os estados do Norte ficaram entre os últimos colocados, evidenciando a necessidade de investimentos em governança, estrutura hospitalar, cobertura tecnológica e cumprimento da legislação de trânsito.
Em resposta, o Detran-AM informou que os dados utilizados são referentes a 2022 e que a atualização das informações já está em andamento. Entre 2023 e 2024, as autuações no estado aumentaram significativamente, indicando esforços para ampliar a fiscalização.





