O cérebro é o principal órgão e centro do sistema nervoso, responsável por reunir munições que coordenam o funcionamento do corpo humano como uma espécie de quebra-cabeça. Embora tão complexo, o órgão pode “desligar” em um dado momento, assim como pesquisadores da Universidade Johns Hopkins identificam os circuitos neurais ligados à exaustão e mostram como estímulos certos ajudam a sustentar o desempenho.
A exaustão do cérebro é ocasionada por uma série de fatores, principalmente ligadas ao trabalho. De acordo o artigo The Motivation Myth: How High Achievers Really Set Themselves Up to Win, quando um indivíduo externa o esgotamento cerebral, isso significa que sequer chegou ao seu limite, ou seja, atingiu-se 40%, restando ainda 60% de energia.
No entanto, é comum que algumas pessoas decidam “desligar” o cérebro para tentar reconfigurar a rotina e encarar um dia mais intenso sem que haja tanta pressão. Por sua vez, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, destacaram que quando uma pessoa começa a se sentir mentalmente cansada, certas áreas do cérebro aumentam sua atividade para lidar com o problema, tanto quanto para desistir.
“As duas áreas do cérebro podem estar trabalhando juntas para decidir evitar mais esforço cognitivo, a menos que haja mais incentivos. No entanto, pode haver uma discrepância entre as percepções de fadiga cognitiva e o que o cérebro humano é realmente capaz de fazer”, comentou Vikram Chib, professor associado de Engenharia Biomédica e pesquisador científico no Instituto Kennedy Krieger.
Quais os principais sintomas do cansaço do cérebro?
- Falta de concentração e dificuldade de memorização;
- Cansaço excessivo e falta de energia;
- Dores pelo corpo;
- Alterações de humor, desânimo e angústia;
- Dificuldades para realizar tarefas do dia a dia;
- Diminuição da libido;
- Perda de apetite;
- Desinteresse por atividades que antes eram consideradas prazerosas;
- Dificuldade para dormir e insônia;
- Diminuição da motivação e da produtividade.
Por sua vez, o cientista Jeff Haden, explicou sobre a necessidade de recalcular os comportamento a fim de estabelecer uma linha para que o cérebro não seja prejudicado. Sobretudo, ele pondera que os limites existem para que sejam respeitados, podendo acarretar em danos maiores que a fadiga física ou mental.
“O segredo é encontrar um ‘porquê’ maior e mais duradouro, que supere a sensação de que você ‘terminou’. E estabelecer limites de tempo para o seu esforço. Não sabe quando terminará? Você provavelmente decidirá em, digamos, 30 minutos, mesmo que pudesse ir mais longe. Mas se você disser: ‘Vou dar mais uma hora’, aí está um limite, um limite que você encontrará as reservas de energia para atingir”, ele relatou.





