A Coreia do Sul anunciou uma das maiores reservas de petróleo e gás na costa leste do país no ano passado. Diante da importância comercial dos produtos em escala global, o presidente da nação, na época, Yoon Suk-yeol, autorizou o início da perfuração para exploração. O detalhe curioso é que Vitor Abreu, geólogo gaúcho, esteve presente na empreitada que estima até 14 bilhões de barris do líquido natural.
Para se ter uma noção do tesouro encontrado pelo brasileiro, o material é o suficiente para suprir o consumo nacional durante quatro anos. Atualmente, a Coreia do Sul depende de importações de petróleo de outros países para arcar com as demandas energéticas. No entanto, a descoberta tende a contornar o percurso, ao menos a curto prazo.

No tocante ao gás natural, a situação é ainda mais favorável. Isso porque a reserva apresenta quantidade considerável para atender à nação por até 29 anos. Embora o reservatório desperte a empolgação momentânea, o geólogo gaúcho confirmou que há apenas 20% de chance de produzir combustível durante a exploração, uma taxa considerada o padrão do setor.
Para dar um tom ainda mais dramático ao processo, há ainda certa resistência política e financeira. Em suma, um projeto dessa magnitude necessita de alto custo aos contribuintes do país, sem a certeza de que trará benefícios à Coreia do Sul. Dessa forma, diálogos estão sendo encurtados para entender o melhor caminho a ser adotado.
Expectativa diante da reserva de petróleo e gás
Enquanto o mundo assiste atento ao desenrolar das investigações, a nação asiática torce para que os estudos consolidem o país como um dos pilares na exploração de petróleo e gás natural. O detalhe curioso é que a região já foi investigada pela empresa australiana Woodside Energy, que, após 15 anos de investimento, abandonou o local sem sucesso, classificando-o como inviável.
Mesmo com as incertezas à vista, o governo estabeleceu a reserva como estratégica e enxerga nela uma possibilidade ímpar de alterar seu papel geopolítico, ganhando autonomia e força nas negociações internacionais. Ao mesmo tempo, a pressão aumenta em meio às tomadas de decisões sobre o início da exploração.




