Aposentado dos gramados desde 2008, quando encerrou sua passagem pelo Confiança, de Sergipe, Diogo Douglas, ex-lateral-direito, despertou o interesse de grandes clubes dentro das quatro linhas. Outrora no radar de Cruzeiro, Santos e Fluminense, o experiente defensor pendurou as chuteiras para se dedicar ao ramo da comercialização de gás de cozinha.
Ao contrário do que a maioria dos ex-jogadores faz, Diogo não seguiu como dirigente, treinador ou comentarista esportivo. Sem tanto prestígio quanto alguns de seus companheiros de profissão, o personagem não reuniu munição financeira o suficiente para aproveitar a aposentadoria. Segundo ele, sua esposa, Tatiana Paz, abriu uma distribuidora de gás, motivo que contribuiu para a rotatividade econômica da família.

“Sem ela, não sei o que seria de mim hoje. Em 2016, 2017, ela já não podia me acompanhar mais nos clubes porque tinha que ficar devido ao negócio. E foi dando certo. Eu falo o seguinte: se eu estivesse no Corinthians, no Flamengo, eu não ia parar de jogar. Mas Deus estava abrindo a porta de outra forma, então decidi parar de jogar para ficar ao lado dela e ajudar na empresa”, explicou ele.
Para se ter uma noção da empreitada do ex-jogador do Sport, a distribuidora de gás apresenta 6 pequenas filiais espalhadas pela Região Metropolitana do Recife. Segundo estimativas, a empresa calcula uma venda média de 25 mil a 30 mil botijões por mês. Por outro lado, mesmo não revelando quanto fatura, o empreendimento pode lucrar entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões por mês.
De cobiçado pelo Cruzeiro ao descenso
Natural de Estância, em Sergipe, Diogo Douglas Santos Andrade Barbosa iniciou sua trajetória no mundo da bola no principal time da capital. Ascendendo dentro das quatro linhas, passou ainda por Mogi Mirim, Porto-PE, Sport, Corinthians, Bahia, Ceará, São Caetano, CRB e Santa Cruz. No mais, em seus últimos anos de carreira, serviu o Vera Cruz-PE, Serra Talhada, Confiança, América-RN, Jacobina e ASA.
Em 2008, ergueu a taça da Copa do Brasil com a camisa do Sport, motivo que o projetou aos radares de várias equipes da elite nacional. O futuro do lateral tinha tudo para ser outro, mas a falta de disciplina acabou colocando tudo a perder. Para Diogo, o problema maior foram as festas regradas de bebida e a falta de um acompanhamento para manter as rédeas da situação.
“No futebol, você tem que ter uma família por trás, ter pessoas que possam te orientar, porque no futebol é tudo fácil. Se você não tiver centrado, perde as oportunidades e vai ficando para trás. E comigo foi assim. A gente pensa que já chegou lá em cima, e apenas era um passo. Aí eu comecei a sair: festa, balada, bebedeira… Meu foco já não era mais o futebol”, lamentou o antigo defensor.





