Poucas são as crianças que conseguem realizar o sonho de se tornar jogadores profissionais de futebol, mas a oportunidade foi entregue a Jorge Preá. Outrora projetado à modalidade por meio do Palmeiras, o ex-centroavante não conseguiu mostrar suas credenciais de forma linear, o que o levou a investir no ramo de entregador de um açougue.
Conhecido na época por sua velocidade, Jorge tinha tudo para se consolidar como uma grande promessa do alviverde paulista, fator que não ocorreu. Aposentado dos gramados desde 2018, quando entrou em campo pela última vez com a camisa do Real Ariquemes, o atacante precisou pagar as contas em uma realidade que estava fora de seu trajeto.
“Eu não tinha dinheiro e precisava pagar as contas em casa, então comecei a trabalhar (…) Eu sou entregador, faço entrega para o açougue. Dois boxes: tem aqui do seu Carlos, o box Sanchez e Vitória. Boxes 20 e 18. Eu trabalho nos dois, faço entrega de carro nas ruas de São Paulo, em restaurantes, bares, casas, prédios. Já estou aqui há 5 anos, muito feliz, graças a Deus”, comentou o jogador ex-Palmeiras.
A necessidade de ir em busca de outro trabalho foi potencializada pela falta de valorização no clube rondoniense. Longe de receber valores elevados, optou por encarar a realidade nua e crua da grande maioria dos brasileiros. Hoje, aos 41 anos, Preá somente se recorda dos momentos vividos enquanto jogador de futebol.
“Tive um problema no joelho e voltei para tratar no Palmeiras. O Vanderlei Luxemburgo me reconheceu e pediu minha contratação. (…) Luxemburgo foi o melhor treinador com quem trabalhei. Ele me ensinou muito sobre postura, confiança e espírito de vencedor”, explicou o entregador em entrevista cedida ao UOL Esporte.
Carreira para além do Palmeiras
Natural de São Paulo, Jorge Arnaldo Pereira recebeu a primeira chance de atuar profissionalmente no Palmeiras, mas sua estadia não durou muito. Como resultado do descenso adquirido ao longo dos anos, foi realocado para o Athletico-PR, Bragantino, Mogi Mirim, ABC, Grêmio Barueri, Atlético Sorocaba, Operário Ferroviário, Cascavel, Barretos, Sinop e Real Ariquemes-RO.
