A maior mina subterrânea de ferro do mundo está localizada em um dos ambientes mais frios da Terra: a cidade de Kiruna, no norte da Suécia, a cerca de 145 quilômetros do Círculo Polar Ártico.
Conhecida como Mina de Kiruna, ela pertence à estatal Luossavaara-Kiirunavaara AB (LKAB) e é responsável por parte significativa da produção de ferro do país. A exploração teve início em 1890 e, desde então, o local se consolidou como uma das principais fontes desse recurso mineral no planeta.
O depósito mineral de Kiruna é impressionante por suas dimensões. Ele possui cerca de 4 quilômetros de comprimento, com largura entre 80 e 120 metros, e chega a profundidades de até 2.000 metros. O minério encontrado ali é rico em magnetita e hematita, minerais com alto teor de ferro, além de conter fósforo.
No início da exploração, estimava-se que a jazida tivesse aproximadamente 1,8 bilhão de toneladas. Atualmente, ainda existem reservas superiores a 800 milhões de toneladas, com teor médio de 48% de ferro, o que garante a continuidade da atividade por décadas.

Condições extremas e avanços na exploração
Além de sua grandeza mineral, a Mina de Kiruna chama a atenção pelo ambiente em que está situada. As temperaturas locais chegam a -11 °C no inverno e raramente passam de 5 °C em meses mais amenos, como no outono. Essa característica climática representa um desafio constante para trabalhadores e operações, exigindo infraestrutura adaptada às condições extremas.
A profundidade de exploração também impressiona. Atualmente, a lavra ocorre a mais de 1.045 metros, o que requer técnicas sofisticadas de engenharia e equipamentos de última geração. Estudos geológicos mostram que o depósito é formado por magnetita associado a rochas vulcânicas proterozóicas, datadas de cerca de 1,6 bilhão de anos.





