A NASA, por meio do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), atualizou informações sobre a quantidade de água doce disponível no Brasil, com foco na Bacia Amazônica. O estudo analisou os rios do planeta entre 1980 e 2009, destacando a importância estratégica da região para o fornecimento de água e a manutenção dos ecossistemas.
A Bacia Amazônica é a maior do mundo, ocupando cerca de 7,05 milhões de km², dos quais aproximadamente 4 milhões estão em território brasileiro. A quantidade de água armazenada nela, cerca de 850 km³, representa aproximadamente 38% do total global.
Ela é vital para o abastecimento humano, agricultura, pecuária e para a sobrevivência das comunidades ribeirinhas. Além disso, o rio Amazonas, principal curso de água da região, é responsável por 6.789 km³ de água despejados anualmente nos oceanos, equivalente a 18% da descarga global.

Uso sustentável e monitoramento das bacias
O estudo da NASA não se limitou a quantificar a água. Também avaliou a dinâmica de entrada e saída dos rios, identificando regiões em que o uso é intenso e a água que sai dos rios é inferior à que entra. Embora o Brasil possua grande volume de água doce, a pesquisa reforça a necessidade de gestão responsável e monitoramento contínuo das bacias.
Além da Bacia Amazônica, outras regiões no mundo, como o rio Colorado, nos Estados Unidos, e a bacia Murray-Darling, na Austrália, apresentam desequilíbrios significativos entre o volume de água que entra e sai, servindo como alerta sobre os impactos da exploração hídrica inadequada.
Para o Brasil, os dados reforçam a importância de políticas de conservação e controle do uso da água, considerando que a disponibilidade hídrica influencia diretamente atividades econômicas e a segurança alimentar.





