O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), assinou a autorização para que a iniciativa privada implante, opere e explore a futura ferrovia que promete interligar as cidades de Porto Alegre e a região turística de Gramado e Canela. O projeto tem como principal ponto garantir viagem de apenas uma hora, percorrendo cerca de 100 quilômetros.
Apesar da documentação assinada, os moradores e turistas vão precisar conter os ânimos. Isso porque a previsão para o início da operação corresponde a 2032, com duas vias férreas (uma para cada sentido). Pensando em oferecer uma comodidade ainda maior para os adeptos do serviço, os trens serão movidos a eletricidade e diesel, reduzindo emissões e oferecendo mais conforto e segurança.

Em evento de solenidade no Palácio Piratini, com a presença do secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e representantes da companhia responsável pelo projeto, a SulTrens, foi revelado o investimento estimado em R$ 4,5 bilhões. De acordo com o governador, a obra deve gerar 6.747 empregos diretos e outros 15.976 empregos indiretos, totalizando 22.723 postos de trabalho ao longo da empreitada.
“Estamos falando de um projeto que vai fortalecer a mobilidade e impulsionar o turismo em uma das regiões mais visitadas do Brasil, com um modal moderno, sustentável e seguro. Esse trem entre Porto Alegre e Gramado é muito mais do que infraestrutura: é desenvolvimento econômico, geração de empregos e valorização do nosso potencial turístico”, comemorou Eduardo Leite.
Mais detalhes sobre a ferrovia
Ainda que alguns esboços estejam sendo feitos nas surdinas, o projeto prevê estações terminais próximas ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, e na Avenida das Hortênsias, entre Gramado e Canela. Contudo, segundo o administrador da SulTrens, Renato Ely, as estações devem ser de uso exclusivo a condomínios residenciais, futuramente planejados pela concessionária.
Em resumo, a ferrovia vai passar por 19 municípios e ter área de influência em 22, incluindo: Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Dois Irmãos, Sapiranga, Araricá, Parobé, Taquara, Morro Reuter, Nova Hartz, Igrejinha, Picada Café, Santa Maria do Herval e Três Coroas.
Para dar a dinâmica necessária sem comprometer a mobilidade urbana, o trajeto contará com 27 cruzamentos rodoferroviários, 15 pontes e viadutos, incluindo uma estrutura sobre a FreeWay (BR-290) e nove túneis.





