Com o avanço das tecnologias voltadas à sustentabilidade, a mineração passa por um processo de transformação impulsionado pela automação e pela inteligência artificial. Nesse contexto, surge uma inovação que promete mudar a forma como os recursos naturais são extraídos: a nova máquina autônoma capaz de identificar e explorar minerais a até 1000 metros de profundidade.
O projeto faz parte da iniciativa Robominers, liderada por Claudio Rossi, da Universidade Politécnica de Madrid, e tem como meta reduzir o impacto ambiental e aumentar a segurança nas operações subterrâneas.
A proposta é clara: substituir métodos tradicionais de mineração, historicamente arriscados e invasivos por sistemas robóticos inteligentes capazes de atuar em locais de difícil acesso. O protótipo desenvolvido, chamado RM1, já foi testado em minas abandonadas na Estônia e na Eslovênia, onde demonstrou sua capacidade de operar de forma independente e precisa.

Como funcionam os robôs mineradores
Os robôs desenvolvidos pelo projeto Robominers são montados em módulos, o que facilita seu transporte até áreas remotas. Uma vez no local, as partes se conectam para formar uma estrutura completa, equipada com sensores, câmeras e softwares de inteligência artificial. A tecnologia permite identificar o solo, localizar minerais e escavar com mínimo impacto.
Um diferencial importante está na presença dos chamados “bigodes sensoriais”, que permitem aos robôs perceber as estruturas ao redor e criar mapas tridimensionais do ambiente subterrâneo.
Essa tecnologia garante uma navegação mais precisa e segura, mesmo em regiões instáveis ou com pouca visibilidade. Além disso, os robôs possuem sistemas de autorreparo, que reduzem a necessidade de intervenções humanas em locais perigosos.





