O Banco Central confirmou o lançamento do Drex em 2026, marcando a primeira etapa de implantação da moeda digital brasileira. A iniciativa, inicialmente restrita ao sistema financeiro, priorizará mecanismos de controle de riscos em operações de crédito, sem utilizar blockchain ou tokenização nesta fase.
Classificado como CBDC (moeda digital de banco central), o Drex manterá paridade absoluta com o real físico. Diferente de criptomoedas descentralizadas, opera sob regulamentação estatal e funcionará como complemento ao sistema monetário tradicional. Entre suas finalidades estão a redução de custos transacionais e a criação de instrumentos financeiros inéditos.

Restrições tecnológicas na fase inicial
O projeto original previa uso de blockchain e tokenização de ativos como imóveis, mas essas funcionalidades foram adiadas. A versão 2026 limitar-se-á à integração entre instituições financeiras, cartórios e corretores. Seu principal mecanismo será um sistema unificado de verificação de garantias creditícias, impedindo que um mesmo bem seja usado simultaneamente em múltiplos empréstimos.
Combate à desinformação institucional
Rumores sobre substituição do papel-moeda e monitoramento de gastos individuais levaram o BC a publicar esclarecimentos oficiais. A instituição reforçou que o Drex não será obrigatório para cidadãos comuns e manterá os princípios do sigilo bancário. A coexistência com cédulas físicas foi garantida por decreto presidencial em agosto de 2025.
Estratégia de implementação progressiva
O cronograma seguirá modelo similar ao do Pix, com campanhas educativas massivas antes do lançamento. Testes piloto com bancos públicos começam em janeiro de 2026, enquanto a integração com fintechs está prevista para 2027. A evolução para sistemas descentralizados só ocorrerá após avaliação de impactos macroeconômicos e consolidação tecnológica.





