O ramo da construção segue desenvolvendo avanços que visam beneficiar as edificações públicas e particulares, abrindo a possibilidade para novas vertentes sem desprender altos valores com materiais. Por outro lado, a Conceptos Plásticos, startup colombiana, está comprometida em oferecer ao mercado tijolos e blocos feitos 100% de plástico reciclado.
Com a finalidade de reduzir os danos ambientais e reunir tecnologia de ponta para a fabricação de produtos, a companhia tem transformado lixos presentes nas residências para erguer escolas e demais imóveis. A empreitada ainda não reuniu investimentos à altura, mas tem atraído a atenção de milhares de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade.

A ideia foi colocada no papel em 2011, quando o arquiteto Óscar Méndez transformou sua pesquisa acadêmica em um projeto concreto. Em meio ao objetivo de criar blocos de construção a partir de resíduos plásticos, o profissional garantiu a base do planejamento da Conceptos Plásticos. Com a mão na massa, a inovação garantiu a montagem de casas em apenas cinco dias, com os tijolos se encaixando feito legos.
Atualmente, a empresa é liderada por Isabel Gámez, diretora executiva que prioriza a dinâmica conjunta entre materiais mais acessíveis e ajuda ao meio ambiente. De modo geral, os tijolos pesam cerca de 3 quilos e apresentam dimensões semelhantes aos de argila. Potencializando seu poder no mercado, garantem isolamento térmico e acústico, são resistentes a terremotos e possuem aditivos que retardam a combustão.
Impactos do novo tijolo sustentável
Devido ao critério de encaixe como peças de quebra-cabeça, a construção civil tem sido dinamizada, levando pouco tempo para a entrega da obra final. De acordo com a Conceptos Plásticos, não é preciso cursos especializados para a montagem, bastando apenas treinamento básico. Isso torna o custo 40% menor que nas obras tradicionais.
A façanha somente é possível graças aos plásticos colhidos por catadores e fábricas que descartam toneladas de resíduos diariamente. A princípio, o material levaria 300 anos para se decompor na natureza, mas a transformação em tijolo reduz drasticamente os impactos, aumentando ainda os dispositivos econômicos e sociais.
Reconhecendo a importância que o projeto abraça, a UNICEF estendeu uma parceria para que o plano fosse redirecionado à Costa do Marfim. A ideia foi transformar o plástico armazenado na cidade de Abidjan em salas de aula. Como resultado da empreitada, desde 2019, mais de 383 salas foram erguidas, utilizando mais de 3 mil toneladas do material.





