A crença em signos é um fenômeno que atravessa gerações e culturas. Para muitos, a astrologia vai além do entretenimento, funcionando como uma forma de compreender a própria personalidade, as relações e até as decisões do dia a dia. Mas, do ponto de vista da psicologia, o que leva uma pessoa a acreditar em previsões baseadas no zodíaco?

O Efeito Forer e a Identificação Pessoal
Segundo especialistas, essa tendência pode estar ligada ao chamado efeito Forer (ou efeito Barnum). Trata-se de um viés cognitivo no qual as pessoas identificam como extremamente pessoais descrições que, na realidade, são vagas e poderiam se aplicar a qualquer indivíduo.
Por exemplo, quando alguém lê que “é sensível, mas também resiliente diante dos problemas”, tende a aceitar essa afirmação como verdade, mesmo que a mesma frase sirva para muitas outras pessoas.
A Busca por Sentido e Padrões
Outro aspecto relevante é a busca por sentido. A mente humana tem uma necessidade intrínseca de encontrar padrões e explicações para eventos, especialmente em momentos de incerteza.
A astrologia, ao oferecer narrativas prontas sobre caráter e destino, proporciona uma sensação de ordem e previsibilidade, mesmo que sem base científica. Além disso, fatores sociais influenciam essa crença: conversar sobre signos se tornou um código cultural, capaz de aproximar pessoas em situações cotidianas e reforçar vínculos sociais.
A Astrologia na Prática Clínica
Na prática clínica, psicólogos destacam que acreditar em signos não é, por si só, um problema. Em muitos casos, essa crença pode funcionar como um recurso simbólico de autoconhecimento e reflexão.
O ponto de atenção surge quando a pessoa passa a tomar decisões importantes apenas com base no horóscopo, deixando de lado o pensamento crítico e a autonomia.





