O ritmo imposto ao falar pode parecer um traço de personalidade e elegância, mas estudiosos descrevem o hábito com outras conotações. Apesar de parecer um mero detalhe em meio ao comportamento humano, dialogar vagarosamente e com pausas tende a estar diretamente ligado a aspectos emocionais, que dificultam a energia e fluidez na oratória.
Segundo especialistas, falar devagar pode estar relacionado a um estilo de desenvolvimento cognitivo individual. Isso porque algumas pessoas precisam de mais tempo para organizar os pensamentos antes de colocar em palavras as opiniões. Ao adotar um ritmo mais tranquilo, a calma na reflexão faz com que muitos indivíduos sejam taxados como introspectivos ou cuidadosos.

Por outro lado, analisando a vertente emocional, a psicologia credita a lentidão da fala à tranquilidade e serenidade, que projetam a busca por soluções mais inteligentes em diversas situações. Enquanto isso, a ação pode ainda ser um reflexo de timidez ou ansiedade, fazendo com que o locutor tenha medo de cometer erros ou ser julgado.
No âmbito pessoal, é comum que a forma de falar seja alterada para se adequar a determinado grupo social. Em resumo, em ambientes de trabalho ou acadêmicos, é importante manter a formalidade, evitando mostrar tensão na oratória. Dessa forma, desacelerar ao colocar as ideias em evidência é um meio de autoproteção, ou seja, uma estratégia segura para ser bem avaliado.
Conversa pausada é também sinônimo de doenças clínicas
Curiosamente, a fala lenta pode estar diretamente ligada a questões clínicas. Pessoas que são diagnosticadas com depressão, estão fadigadas ou tomam medicação para distúrbios neurológicos tendem a ter como consequência do problema o ritmo da comunicação reduzido. Portanto, é necessário compreender a individualidade de cada pessoa, tendo em vista os mais variados contextos possíveis para a prática.





