O Japão é um dos poucos países do mundo que, apesar de possuir conhecimento e capacidade para desenvolver armas nucleares, optou por não ter um exército formal. Em 2006, o então ministro das Relações Exteriores, Taro Aso, afirmou que o país poderia produzir bombas nucleares, mas não tinha intenção de fazê-lo.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão foi ocupado pelos Estados Unidos e precisou se render sob condições específicas. Entre essas condições estava a obrigatoriedade de adotar uma nova Constituição, que incluía a renúncia ao uso da força para resolver conflitos internacionais e a proibição de manter forças armadas ofensivas.
Desde então, o país desenvolveu apenas uma força de autodefesa, cujo objetivo é proteger o território nacional e não atuar de forma agressiva em conflitos externos. Em vez de investir em um exército tradicional, o país foca em negociações, diplomacia e cooperação internacional para lidar com possíveis ameaças.

Política externa e alianças estratégicas
A política externa do Japão tem papel importante na decisão de não manter um exército formal. O país mantém uma aliança estratégica com os Estados Unidos, que garante proteção militar em caso de ameaça externa, reduzindo a necessidade de um exército próprio.
Além disso, o Japão participa ativamente de missões de manutenção da paz promovidas pela Organização das Nações Unidas, reforçando sua postura pacífica no cenário internacional.
Apesar de não possuir armas nucleares nem um exército ofensivo, o Japão mantém tecnologia avançada e capacidade industrial para desenvolver armamentos nucleares, caso a decisão política mudasse. O país pode desenvolver armas nucleares, mas opta por seguir tratados internacionais e sua Constituição, priorizando segurança coletiva e soluções diplomáticas.





