De acordo com especialistas, as ilhas que compõem o arquipélago de Kiribati correm o risco de desaparecer ao longo dos próximos anos. Estudos comprovam que o aumento do nível do mar associado às mudanças climáticas colabora para que a população procure um novo destino para se abrigar. A expectativa é que a região seja engolida pelo oceano em 10 ou 15 anos.
Comportando mais de 100 mil pessoas, o arquipélago, que abriga 33 ilhas, das quais apenas 20 são habitadas, possui uma extensão de 811 quilômetros quadrados. Potencializando a crise climática, além de ser um dos menores e mais isolados países do mundo, a nação também é um dos lugares mais vulneráveis ao aumento da temperatura do planeta.

As autoridades quiribatianas tentam alertar os líderes mundiais sobre a situação de seu país há anos, tendo em vista a preocupação com o número de desabrigados. Sem apoio de outras nações, um estudo publicado pela Environmental Justice Foundation (EJF), em 2017, evidenciou que as mudanças climáticas criarão a maior crise de refugiados que o mundo já viu na próxima década.
Nesse intervalo, cidadãos de Kiribati pediram asilo por razões ambientais em outros países, mas foram ignorados. A precariedade de sua economia tem refletido ainda na dificuldade em fornecer água, alimentos e serviços a seus habitantes. Em resumo, o país depende economicamente das exportações de coco e pesca.
Outros países também podem ser extintos
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cinco países podem se tornar inabitáveis até 2100 por causa das mudanças climáticas. Essas nações correspondem a Maldivas, Tuvalu, Ilhas Marshall, Nauru e Kiribati. O detalhe curioso é que todas as regiões estão sendo assoladas pelo aumento da temperatura anual.
Assim, a consequência dessas temperaturas elevadas acarreta o aumento do nível do mar, devido ao descongelamento das geleiras, o que faz com que alguns países e cidades ao redor do mundo possam desaparecer. Para contornar a situação, algumas nações conseguiram apoio para migrar seus habitantes, como foi o caso entre Tuvalu e Austrália.





