O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), deve passar por uma das maiores mudanças desde sua criação em 2020. A proposta em análise prevê a instalação do Pix diretamente nos chips de cartões de crédito e débito, permitindo que o consumidor escolha entre crédito, débito ou Pix no momento da compra, sem precisar usar o celular ou abrir aplicativos bancários.
A medida busca unir a praticidade da tecnologia por aproximação (NFC) à liquidação imediata das transações. Se implementada, poderá eliminar o uso de QR Codes e chaves Pix em compras presenciais e tornar o sistema acessível a todos os usuários, independentemente do tipo de celular ou compatibilidade com carteiras digitais.
Atualmente, o Pix por aproximação funciona em plataformas como Google Pay, mas ainda não está disponível no iPhone. O BC negocia com a Apple para viabilizar o recurso também no iOS.

Vantagens para consumidores e lojistas
A integração traz benefícios tanto para consumidores quanto para lojistas. Diferente do crédito tradicional, o Pix não cobra taxas sobre transações e garante recebimento imediato dos valores, facilitando o fluxo de caixa dos estabelecimentos e tornando as compras mais rápidas.
Enquanto isso, o Pix Parcelado, previsto para 2026, ainda gera debate. Os bancos defendem que o parcelamento ocorra via fatura do cartão, enquanto o BC propõe débito direto na conta corrente, mantendo a natureza instantânea do Pix.
Segundo o BC, o lojista receberia o valor total imediatamente, e o consumidor poderia pagar em parcelas com juros e prazos definidos pelo banco ou fintech. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) alerta para os riscos de endividamento, já que o Pix, até então associado à simplicidade e gratuidade, poderia gerar confusão ao se tornar um produto de crédito.




