O petróleo, tradicionalmente associado à geração de energia e à produção de combustíveis, passou a ocupar um espaço inesperado na indústria alimentícia. Hoje, um de seus derivados, a cera de parafina, tem sido utilizado na fabricação de chocolates, especialmente nas coberturas que precisam resistir ao calor e manter o brilho característico.
A cera de parafina é um subproduto do refino do petróleo, do carvão ou do óleo de xisto. Na indústria de chocolates, ela é empregada em pequenas quantidades para melhorar a textura e o aspecto visual dos produtos.

O uso da parafina na fabricação de chocolates
Ao ser misturada à cobertura, confere brilho, facilita o processo de desenformar e ajuda a manter o chocolate firme mesmo em temperaturas mais elevadas. Essas propriedades são especialmente úteis para chocolates produzidos em larga escala ou destinados a climas mais quentes, onde a resistência ao derretimento é essencial.
Além dos benefícios industriais, a adição da cera também reduz perdas no processo de fabricação. Com o endurecimento mais rápido e uniforme, o desperdício de matéria-prima é menor, o que representa economia para as empresas. Essa característica explica por que o uso da parafina tem se tornado mais comum entre fabricantes que buscam eficiência e qualidade visual no produto final.
Apesar da surpresa com a origem do ingrediente, estudos indicam que o uso da cera de parafina é seguro para o consumo humano. Uma pesquisa da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), publicada em 2023, concluiu que a substância, embora não seja digerida pelo organismo, não apresenta riscos à saúde quando utilizada dentro dos limites estabelecidos.





