O filme Ratatouille, da Disney Pixar, lançado em 2007, foi amplamente aceito pelo público. Ele conta a história de Remy, um rato que aspira a ser chef em Paris. Apesar de ser uma animação, Ratatouille vai além de uma simples fantasia culinária.
A trama simboliza desafios contemporâneos relacionados à inclusão e talento, refletindo a luta de indivíduos marginalizados por reconhecimento em ambientes elitistas.
A Inspiração por Trás da Ficção
Embora seja ficção, Ratatouille foi inspirado por personalidades reais da gastronomia. Um dos principais é Bernard Loiseau, famoso chef francês, cuja vida e carreira foram marcadas por pressões intensas, culminando em um final trágico.
Loiseau conquistou três estrelas Michelin, mas sua busca incessante pela perfeição reflete temas explorados no filme. Além de Loiseau, o personagem de Auguste Gusteau também teve influências do renomado chef Paul Bocuse, conhecido por sua contribuição à culinária francesa.
Essa pressão culminou em seu trágico suicídio, levando a comunidade gastronômica a refletir sobre o impacto que rankings e avaliações têm sobre os chefs.
Metáfora de Inclusão e Diversidade
No universo de Ratatouille, Remy representa imigrantes e indivíduos excluídos, simbolizando a quebra de barreiras sociais pelo talento. Sua busca por aceitação em um restaurante de prestígio ilustra a luta contra preconceitos que muitas vezes superam habilidades. O lema “qualquer um pode cozinhar”, repetido ao longo do filme, defende a ideia de que a habilidade não tem limitações culturais ou sociais.
A animação não só entreteve mas também provocou reflexões sobre inclusão. A crítica gastronômica retratada pelo personagem Anton Ego sugere que a excelência pode surgir de qualquer lugar, desafiando o elitismo tradicional. Além disso, o prato Confit Byaldi, uma releitura do ratatouille tradicional, simboliza inovação através da mistura cultural, promovendo a diversidade.
O Legado Duradouro de Bernard Loiseau
Apesar da tragédia, o legado de Loiseau persiste. Sua esposa, Dominique Loiseau, gerencia o agora chamado Relais Bernard Loiseau, que ainda mantém duas estrelas Michelin após ter perdido uma em 2016. A administração procura preservar a excelência e a inovação que Loiseau tanto valorizava.





