O Mercado Livre, plataforma de e-commerce de origem argentina, está trilhando um caminho promissor ao ingressar no setor farmacêutico no Brasil. A empresa anunciou a aquisição da farmácia Target, localizada na zona sul de São Paulo. Essa iniciativa, comandada pela subsidiária K2I Intermediação, aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Este movimento ocorre em meio a regulamentações rigorosas impostas pela Anvisa para a venda online de medicamentos. As normas exigem que as farmácias licenciadas estejam preparadas para despachar medicamentos com a presença de um farmacêutico, restringindo a venda de medicamentos controlados pela internet. Independentemente disso, o setor de medicamentos sem prescrição no Brasil representa uma oportunidade significativa, com o mercado se beneficiando de um crescimento de vendas em 12% em 2024.
O impacto da entrada do Mercado Livre preocupa redes consolidadas como RD Saúde, Pague Menos e Panvel. Utilizar farmácias locais como pontos logísticos pode aumentar a eficiência nas entregas, adaptando-se às expectativas de conveniência dos consumidores e potencialmente operando como um fator disruptivo na indústria.

Transformação digital inevitável
A incursão do Mercado Livre no mercado farmacêutico poderia catalisar uma transformação digital setor em um setor cujo valor total gira em torno de R$ 150 bilhões anuais. A inserção do e-commerce em um mercado tradicional pode alterar as dinâmicas estabelecidas, especialmente se o Mercado Livre expandir uma rede de farmácias integradas à sua plataforma digital.
Apesar de o Mercado Livre ainda não ter detalhado por completo seus próximos passos, a expectativa é que a empresa continue avançando e ampliando sua presença no setor. A aprovação da operação pelo Cade é aguardada, e a companhia se mantém atenta a quaisquer mudanças regulatórias que possam impactar suas estratégias.





