O Banco Santander comunicou a seus clientes um passo estratégico no mercado financeiro europeu: a abertura do serviço de compra e venda de criptomoedas por meio do Openbank, sua plataforma digital. A iniciativa tem início na Alemanha e será expandida para a Espanha nas próximas semanas, alcançando um público de varejo que busca diversificação de investimentos.
A medida marca a entrada oficial do grupo em um setor que ganha força após a regulamentação europeia conhecida como MiCA (Markets in Crypto-Assets), que trouxe maior segurança jurídica ao segmento de criptoativos.
Os clientes do Openbank poderão negociar moedas digitais como bitcoin (BTC), ether (ETH), litecoin (LTC), polygon (POL) e cardano (ADA). Segundo comunicado do banco, a lista de ativos será ampliada gradualmente, oferecendo novas opções de negociação.
A taxa aplicada sobre as transações será de 1,49%, com valor mínimo de €1 por operação, sem cobrança de custos. A precificação posiciona o Santander de forma competitiva frente a outras plataformas de cripto, ao mesmo tempo em que mantém a estrutura tradicional de serviços bancários.

Estratégia do Santander e impacto regulatório
O anúncio não é isolado: ele faz parte de um movimento mais amplo de instituições financeiras que passaram a explorar os criptoativos após a implementação da MiCA. Com regras mais claras, bancos da União Europeia veem espaço para oferecer serviços de investimento em moedas digitais com maior respaldo regulatório.
A tendência acompanha o cenário norte-americano, onde recentes debates sobre stablecoins e apoio político ao setor também estimularam bancos a desenvolver iniciativas semelhantes. No caso do Santander, a estratégia vai além da intermediação de negociações. O banco estuda a emissão de sua própria stablecoin, segundo informações publicadas pela imprensa internacional.




