A Seleção Brasileira utilizou a camisa vermelha em duas ocasiões oficiais no século passado, ambas motivadas por conflitos de cores com os adversários. A primeira vez ocorreu em 1917, durante o Sul-Americano.
Na época, o uniforme principal do Brasil era branco, mas tanto Argentina quanto Chile também vestiam branco. Para evitar confusão em campo, o Brasil improvisou e optou pelo vermelho.
A segunda utilização da cor vermelha aconteceu em 1936, novamente em um Sul-Americano, disputado na Argentina. Nesse caso, Brasil e Peru tinham o uniforme principal branco.
Para resolver a situação, os jogadores brasileiros vestiram blusas do Independiente, clube argentino, garantindo contraste e permitindo que a partida fosse realizada sem problemas. Essas duas situações foram exceções e surgiram da necessidade de adaptar o uniforme às cores dos adversários.

Regras atuais e veto da camisa vermelha
Hoje, o uso de uniformes da Seleção Brasileira é regulamentado pelo estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O capítulo III, artigo 13, inciso III, prevê que a equipe só pode utilizar cores presentes na bandeira da entidade: azul, amarelo, verde e branco.
A única exceção ocorre em eventos comemorativos, mediante aprovação da diretoria. Um exemplo recente foi a camisa preta utilizada em junho de 2023 em homenagem a Vinícius Júnior, durante um amistoso contra a Guiné, como ação contra o racismo.
Apesar de a camisa vermelha estar em produção para a Copa de 2026, o presidente da CBF, Samir Xaud, realizou uma reunião de urgência com a Nike para suspender a fabricação do uniforme. Segundo Xaud, a decisão não teve caráter político, mas sim de identidade visual. Ele enfatizou que as cores da bandeira nacional devem ser seguidas, e que o vermelho não representa a identidade histórica da Seleção Brasileira.





