A cidade de Tomtor, localizada na República de Sakha, na Rússia, se tornou destaque mundial após a mineradora Polymetal anunciar a descoberta da terceira maior jazida de nióbio do planeta.
O metal, considerado estratégico para diversas indústrias de alta tecnologia, pode transformar a economia local e posicionar a região como um polo global de mineração. Segundo a empresa, o projeto prevê a construção de uma fábrica capaz de produzir 160 mil toneladas anuais de minério, ampliando a presença russa no mercado internacional.

Importância do nióbio e perspectivas para a Rússia
O nióbio é amplamente utilizado em ligas metálicas para aumentar resistência e reduzir peso, o que o torna essencial em setores como aeroespacial, automotivo, eletrônico e médico. Também está presente em super condutores, turbinas, equipamentos de ressonância magnética e até fuselagens de caças militares.
A demanda crescente pelo metal explica o interesse da Rússia em consolidar sua posição como um dos maiores produtores, especialmente em um momento em que as indústrias globais disputam fontes seguras de matérias-primas estratégicas.
Embora a região de Tomtor seja formada por aldeias de pequeno porte, a exploração mineral promete alterar o cenário socioeconômico local. A expectativa é de geração de empregos diretos e indiretos, atração de investimentos e maior integração da República de Sakha à economia nacional russa.
Apesar da relevância da descoberta russa, o Brasil continua sendo o maior detentor de reservas conhecidas, concentrando aproximadamente 98% do estoque mundial. Os principais depósitos estão localizados em Minas Gerais, Amazonas e Goiás.
Além do Brasil, países como Canadá, Austrália, Nigéria e Moçambique também participam da produção, mas em volumes menores. A entrada da Rússia com a jazida de Tomtor poderá alterar a dinâmica do mercado, ampliando a concorrência e oferecendo novas rotas de fornecimento para a indústria internacional.





