Cientistas confirmam uma nova disponibilidade de curso d’água nos próximos anos na Terra, tratando-se de uma situação natural, tendo em vista a impulsão ocasionada pelos movimentos das placas tectônicas. O surgimento de um novo oceano tende a ser notado no continente africano entre cerca de 5 a 10 milhões de anos, podendo o tempo ser deduzido.
A princípio, uma grande rachadura na porção oriental do continente africano foi notada pelos estudiosos, principalmente por atingir porções da Etiópia, Tanzânia, Quênia e Uganda. A repartição em questão corresponde ao Vale do Rift, também conhecido como Grande Vale da Fenda. Os cientistas cravaram que a tendência é que o continente se reparta em milhares de anos, proporcionando um novo oceano.

“Esses dois estudos nos permitem observar com clareza um processo geológico de grande magnitude: a formação de um novo oceano, embora, é claro, em escalas de tempo geológicas muito longas, da ordem de dezenas de milhões de anos. Esse movimento não apenas ‘rasga’ a crosta, mas também influencia a subida do magma”, explica a geóloga Carolina Pagli, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Pisa.
O Vale do Rift é o resultado de um processo geológico presente no interior da Terra há anos, com as placas tectônicas da África Oriental e da África Central sendo puxadas para longe uma da outra pelo movimento do manto terrestre. Ao decorrer dos anos, deve ser criada uma divisão definitiva, proporcionando o que aconteceu quando a América do Sul e África se separaram, formando o Oceano Atlântico.
Mudanças no oceano podem causar secas na Amazônia
Um estudo publicado neste ano na revista Nature Communications mostrou que a circulação de águas do Atlântico, conhecida como Amoc (Atlantic Meridional Overturning Circulation), pode sofrer um enfraquecimento até 2100. Ocasionada pelo aquecimento global, a alteração terá impactos graves no clima de diferentes regiões tropicais, incluindo a Amazônia.
Caso os impactos sejam confirmados, a Amazônia enfrentará uma redução significativa no regime de chuvas. A título de compreensão, o Amoc funciona como uma espécie de “esteira” no Atlântico, transportando águas quentes da região tropical para o norte e devolvendo águas frias das altas latitudes para o sul.
A façanha garante o equilíbrio do clima do planeta, o que trará prejuízos sem precedentes caso a circulação seja mudada. Isso porque acarretará o desencadeamento de secas, alterações nos padrões de vento e elevação do nível do mar em algumas regiões.





