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PANTANAL

Governo afirma que bases avançadas aceleram combate a incêndios no Pantanal

Novo método de operação promete desacelerar amplitude dos incêndios no bioma que, somente este ano, teve 18% de seu território consumido pelo fogo

17 SET 2024 • POR Alexandra Cavalcanti • 11h10
Região do Forte Coimbra, no Pantanal em chamas   (Fotos: CBMMS)

Mesmo com uma área queimada 39% maior do que registrado em 2020, o Governo de Mato Grosso do Sul afirmou hoje, terça-feira (17), que as 12 bases avançadas do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS)  estão garantindo um combate mais rápido e eficiente aos incêndios florestais no Pantanal. 

De acordo com o informativo do  Governo de MS, as bases são um novo método da Operação Pantanal para combater com maior eficácia as queimadas históricas que afetam o bioma. O objetivo dessas bases, é que elas sejam mantidas para servirem de postos de atendimento  às ocorrências de incêndios em todas as épocas do ano.

Em uma de suas ações, a equipe que trabalha em uma base localizada próxima a fronteira 
Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, próximo à base de Paraíso, relatou que conseguiu evitar um incêndio oriundo do Estado vizinho, que ultrapassou o Rio Piquiri, devido à proximidade da base, que proporcionou uma ação rápida dos militares. 

Ainda assim, o Governo admite que a possibilidade de pior cenário de incêndios da história no Pantanal: até agora, mais de 2,8 milhões de hectares, que representam cerca de 18% do bioma, foram consumidos pelo fogo. 

 O diagnóstico do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), é de que a situação pode piorar, fazendo com que 2024 seja o ano mais devastador da história.

No entanto, segundo o subcomandante-geral e coordenador da Operação Pantanal, Coronel Adriano Noleto Rampazo,  as bases são um bom meio de resposta para evitar o que ainda está por vir. Para ele, episódios como o do Rio Piquiri Comprovam a importância das bases 

“Graças a essas bases instaladas em pontos estratégicos, hoje estamos conseguindo acessar os incêndios em um tempo bem menor do que nos anos anteriores. Isso garante também menor desgaste aos militares, que precisam se deslocar por distâncias menores, além de facilitar o transporte de equipamentos e toda a estrutura demandada”, explicou o comandante.

Estas bases estão distribuídas em todo o território de MS, posicionadas em sua maioria ao norte do Pantanal, próximas da divisa com a Bolívia e o estado de Mato Grosso . Elas foram nominadas de Jatobazinho, Amolar, Redário, Santa Mônica, Paraíso, São José do Piquiri, Cristal, São Sebastião Grande, Dois de Maio, Lourdes, Nhumirim e Forte Coimbra.

Além disso, o govms também afirma que todas as bases  são equipadas com maquinários e outros acessórios utilizados no combate aos incêndios, além de aparato tecnológico como acesso à internet 

QUEIMADAS

Na última semana, em entrevista para a GloboNews, Eduardo Riedel (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul, afirmou que as condições climáticas deste ano estão piores que as de 2020, o que contribuiu para que o bioma tivesse um número de focos de incêndio maior do que no ano recorde em hectares queimados

Você pode conferir mais sobre a declaração do Governador aqui

COMBATE

Segundo o Governo do Estado, um efetivo  efetivo de 162 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, divididos em diferentes cidades ainda trabalham no combate às queimadas 

Além destes, a operação ainda conta com o apoio de 27 bombeiros do Rio Grande do Sul e Sergipe, 76 militares da Força Nacional de Segurança Pública e representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea, polícias Federal e Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.
 
As ações se concentram em 10 frentes, entre elas a região do Paiaguás, do Paraguai Mirim, do Nabileque, do Porto Índio, de Miranda, de Aquidauana e de Porto Murtinho.

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