A organização da Motor Sound Brasil, evento de som automotivo e manobras de moto, pediu autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) para realizar evento similar ao que gerou a morte de um jovem de 20 anos, há quatro meses em acidente no Autódromo Internacional de Campo Grande.
O requerimento para realização do evento foi publicado no Diário Oficial (Diogrande) desta segunda-feira (14), do qual se enquadra em autorização ambiental para "atividade de produção e promoção de eventos esportivos", previsto para acontecer dia 9 de novembro.
No dia dois de junho, um acidente aconteceu por volta das 3h da manhã, que acabou vitimando Nicholas Yann dos Santos de Jesus, após cair da motocicleta e bater com a cabeça no chão. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e veio a falecer ainda no local.
Além de Nicholas, um casal que estava em outra motocicleta ficou ferido após também se envolver no mesmo acidente, mas ambos foram encaminhados à Santa Casa de Campo Grande, onde permaneceram em observação e foram liberados dias depois.
Conforme apurado pela reportagem do Correio do Estado, o evento ocorreu em uma pista conhecida como 'arrancadão'. Segundo informações da Polícia Civil, o evento estava sendo realizado de forma ilegal. Posteriormente, a Prefeitura de Campo Grande informou que o local não tinha alvára para realizar este tipo de evento.
Influencer envolvido
Influenciador digital local, de 39 anos, Rodolfo Manolo - que já na época acumulava cerca de 104 mil seguidores no Instagram - apagou o vídeo postado em que comentava sobre o alvará para o evento do dia 1º de junho.
No vídeo em questão, o influenciador de Mato Grosso do Sul convocava seus seguidores para a ação que ocorreria no dia 1º e frisava que não seria possível prorrogar o alvará e remarcar a ação batizada de "motor sound Brasil".
Quatro dias após o acidente, Manolo voltou a usar as redes sociais para falar sobre o caso e se colocou à disposição da polícia para esclarecimentos acerca do ocorrido.
*Colaborou Léo Ribeiro e João Gabriel Vilalba