
Cerca de dez meses após o início das obras, o contrato para obras que vão tirar o aeródromo de Inocência do papel recebeu seu primeiro termo aditivo confirmado em extrato publicado hoje (07) no Diário Oficial do Governo de Mato Grosso do Sul.
Segundo o Governo do Estado, a execução do serviço de Implantação de PPD, taxiway, cerca operacional e pátio para o aeródromo de Inocência teve acréscimo de 18.22% no contrato.
Em valores absolutos, a execução inicialmente prevista para custar R$16 milhões saltou para R$19.020.606,83, um acréscimo de R$ 2.931.608,81.
A obra desse aeroporto em Inocência - que servirá para a fábrica de R$ 28 bi da Arauco - teve início em meados 2024 e quando estava com cerca de 15% de execução em junho do ano passado, tinha entrega prevista até junho/julho deste 2025.
Porém, o aditivo ao valor trouxe também a prorrogação do prazo de execução do contrato, que chega ao fim em 13 de outubro de 2025.
Além disso, cabe destacar que o Governo do Estado confirmou mais recentemente até mesmo a “execução do sistema de sinalização noturna” no novo aeródromo da cidade, ao preço de R$ 3.138.037,95.
Longe cerca de 330 km da Capital de Mato Grosso do Sul, Inocência conta com cerca de 8,4 mil habitantes, mas está prestes a ser palco da maior fábrica de celulose do mundo.
Para comportar toda essa mão de obra, a Arauco prevê investimento de R$ 242 milhões para a construção de alojamentos dos trabalhadores que vão atuar na instalação da fábrica.
Entre as aeronaves que devem usufruir do novo aeródromo, o avião turbo-hélice modelo ATR 72-600, da empresa Imetame, que chamou a atenção recentemente no Aeroporto Internacional de Campo Grande por trazer dezenas de trabalhadores que iriam para a fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo.
Avance Construtora
Responsável pela execução no aeródromo de Inocência, a empresa AVANCE CONSTRUTORA que abocanhou esse aditivo recente de quase três milhões de reais é responsável por tocar outras obras pelo interior do Estado.
Entre elas, a Avance é responsável pelas obras de asfalto e drenagem em Miranda pelo valor de R$ 1,8 milhão, conforme extrato de contrato que veio à tona em junho de 2024 com validade de um ano.
Antes disso, porém, a Avance Construtora já era contratada, por R$ 46,069 milhões para obra na rodovia de acessão ao Porto São Pedro, em trabalhos de implantação de revestimento primário retomados sem as devidas licenças ambientais, como noticiou o Correio do Estado.
A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) foi procurada, emitindo posteriormente uma posição a respeito da justificativa para o aumento, que você confere abaixo:
"O aditivo foi necessário para ajustes de quantitativos previstos em projeto para a realização de serviços de drenagem, hidrossemeadura e regularização da faixa de pista", conclui.
**(Matéria editada em 08/04 para acréscimo de posicionamento da Agesul)