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Prefeitura de Corumbá libera obras estaduais embargadas pelo TCE no Pantanal

Fundação de Meio Ambiente do Pantanal levou menos de três meses para fazer os estudos de impacto que as estradas causariam no bioma

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Quatro meses depois de o Tribunal de Contas do Estado embargar 15 contratos de obras do Governo do Estado para recuperação e ampliação de estradas no Pantanal, duas delas receberam autorização ambiental da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal (FMAP) e podem ser retomadas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estgado desta segunda-feira (13).

O embargo havia acontecido porque as obras foram inicadas sem licenciamento ambiental, que agora foi concedido pela FEMAP, órgão da prefeitura de Corumbá. A Fundação levou pouco menos de tres meses para fazer os estudos de impacto ambiental, já que o pedido da Agesul foi feito no dia 17 de agosto.

Uma das obras liberadas nesta segunda-feira estava sendo tocada pela empresa de André Luis dos Santos, mais conhecido como André Patrola, pivô de um escândalo que veio a público em junho deste ano em Campo Grande por meio da operação “Cascalhos de Areia”. 

O contrato, assinado inicialmente por R$ 3.387.549,17 e que depois recebeu um aditivo de R$ 523 mil, prevê obras de terraplanagem, drenagem superficial e revestimento primário em um trecho de 17 quilômetros entre a MS-228 e a Vazante do Castelo, no Distrito de Nhecolândia.

Outro trecho que recebeu licença do órgão ambiental de Corumbá está sob responsabilidade da empresa de Rodrigo Ricardo Ceni (RRCeni) e é uma sequência do trecho tocado por André Patrola, entre a MS-228 e o acesso ao Porto Rolon (Fazenda Paiol). 

Além de duas pontes de madeira, são 45 quilômetros de terraplanagem, revestimento primário e drenagem superficial. Conforme o contrato inicial, o governo estadual destinou R$ 40.164.397,19 somente para os trabalhos de melhorias na estrada. Além disso, estão previstos mais R$ 3.243.309,00 para as pontes. 

Antes disso, a Fundação já havia concedido liberação para que a Agesul retomasse os trabalhos para implantação de revstimento primário na rodovia de acessão ao Porto São Pedro, em um trecho de 23,4 quilômetros. A responsável pela obra é a empreiteira Avance Construtora, contratada por R$ 46,069 milhões. 

INVESTIGAÇÃO SEGUE

Mas, ao menos cinco dos contratos delas estão sendo investigadas pelo Ministério Público Estadual. A investigação começou porque as autoridades estaduais foram provocadas pela superintendência do Ibama no Estado, que entendeu que era necessário fazer estudos de impacto ambiental porque em alguns dos projetos havia previsão de aterros de até três metros de altura em regiões alagáveis, o que acabaria interferindo no fluxo natural das águas em período de cheias.  

Dois destes trechos sob investigação do MPE estão nas mãos do empreiteiro André Luiz dos Santos, o André Patrola.  Ambos na região do Pantanal de Paiaguás, mais ao norte da obra cuja liberação ambiental ocorreu nesta segunda-feira, somam 78 quilômetros de cascalhamento. Pela previsão inicial, ele receberia quase R$ 68 milhões, caso fossem concluídas sem reajuste. 

Os outros dois trechos, sob responsabilidade das empreiteiras BTG Empreendimentos e Galassi Empreendimentos, somam 94 quilômetros e a previsão inicial de investimentos era de R$ 64,8 milhões, conforme o inquérito.

Um destes contratos já estava na fase final dos trabalhos e justamente por conta disso é que foi instaurado o inquérito, pois, segundo a promotora Ana Rachel Borges de Figueiredo Nina, ao poluidor cabe a “obrigação de reparar ou indenizar o dano causado”. 

E, ao fundamentar a instauração do inquérito, a promotora deixou claro que “o desrespeito ao meio ambiente pode dar ensejo à responsabilização criminal das pessoas físicas e jurídicas, privadas e públicas”. Ou seja, ao abrir a investigação ela irá em busca de punição tanto dos servidores públicos que autorizaram as obras quanto das empresas que as executaram. 

A principal irregularidade, segundo o inquérito, é que nenhuma delas foi precedida de licenciamento ambiental e, segundo a investigação, qualquer obra em estradas só pode ser executada depois da realização dos estudos de impacto ambiental. 

O Ibama, ao tomar conhecimento de que 612 quilômetros de estradas estavam sendo refeitos, inclusive com até três metros de aterro para que ficassem transitáveis nos períodos de cheia, foi em busca dos estudos de impacto ambiental e descobriu que nada havia sido feito neste sentido.

Entre os principais temores está a possibilidade de estas obras atrapalharem o fluxo normal das águas em anos de cheia. E, se isso ocorrer, regiões que antes ficavam submersas poderiam escapar dos alagamento a partir de agora. Porém, outras regiões que normalmente não eram atingidas, passariam a ficar submersas, o que colocaria boa parte do bioma sob risco. 

Para o Ibama, que é o autor das denúncias de irregularidade que deram origem ao inquérito que investiga quatro destas obras, existe necessidade de remoção das milhares de toneladas de terra que foram colocadas principalmente na estrada de acesso à MS-214, no extremo norte do Estado.
 

vale da celulose

Estudo da Bracell prevê investimento menor que o esperado em MS

EIA Rima prevê R$ 16 bilhões para fábrica em Bataguassu, ante R$ 23 bilhões anunciados no ano passado na fábrica prometida para Água Clara

14/04/2025 12h30

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)

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Dados do estudo de impacto ambiental divulgados pela Bracell revelam que os investimentos previstos para uma fábrica de celulose em Bataguassu, de R$ 16 bilhões, serão 30% menores que os inicialmente anunciados para a fábrica que chegou a ser prometida para Água Clara, que seriam da ordem de R$ 23 bilhões. 

De acordo com este estudo, que foi entregue ao Governo do Estado e disponibilizado para consulta pela administração estadual, a fábrica ficará às margens da BR-2,67, a nove quilômetros da área urbana de Bataguassu, entre a cidade e o lago da hidrelétrica de Porto Primavera,  a quase quatro quilômetros do lago.

E é deste lago, resultado do represamento do Rio Paraná, que a indústria vai coletar os 11 milhões de litros de água por hora que serão necessários para viabilizar o funcionamento da indústria. Cerca e 9 milhões de litros serão devolvidos ao lago depois da utilização. Segundo a Bracell, todos os efluentes serão tratados e trarão impacto mínimo na qualidade da água

Conforme o estudo, as obras, cuja data de início ainda não foram anunciadas, devem se estender ao longo de 38 meses, sendo quatro para os trabalhos de terraplanagem e 34 para a construção da fábrica propriamente dita. 

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)Previsão é de que a fábrica seja instalada às margens da BR-267, entre a cidade de Bataguassu e o lago da Porto Primavera

No pico dos trabalhos devem ser gerados 12 mil empregos e em torno de dois mil depois que o empreendimento entrar em operação. A previsão é de que sejam construídos alojamentos para abrigar até cinco mil trabalhadores ao mesmo tempo. 

Por ano, a indústria deve processar 12 milhões de metros cúbicos de eucaliptos, que sairão de cerca de 300 mil hectares de reflorestamento. Em torno de um terço deste montante já estão em fase de crescimento em municípios como Santa Rita do Pardo, Ribas do Rio Pardo e Bataguassu. 

Mas apesar da redução no valor do investimento, o volume de celulose equivale ao anunciado em novembro do ano passado. Em anos sem interrupção para manutenção dos equipamentos serão produzidos, conforme o estudo de impacto ambiental, 2,9 milhões de toneladas de celulose usada para fabricação de papel.

Porém, dependendo da demanda, a unidade terá condições de produzir também celulose líquida, como já ocorre com a fábrica do grupo asiático em Lencóis Paulista (SP). 

Para efeito de comparação, a Suzano investiu R$ 22,3 bilhões em Ribas do Rio Pardo e produz 2,55 milhões de toneladas por ano. A Arauco promete investir 25 bilhões e produzir 3,5 milhões de toneladas.

Além da produção de celulose, o estudo informa que será gerada energia suficiente para abastecer a indústria e um excedente que será injetado na rede de energia da região. A quantidade desta energia, porém, não foi informado.

Na unidade da Arauco, em Inocência, onde serão produzidas 3,5 milhões de toneladas por ano, serão gerados 400 megawatts de energia, sendo que somente a metade será consumida na própria indústria. 

Conforme a previsão, a celulose deve ser escoada por caminhões, pela MS-395 e a BR-158, margeando o Rio Paraná, até a ferrovia que passa em Aparecida do Taboado. De lá, seguirá por ferrovia até o porto de Santos.

É uma distância de cerca de 270 quilômetros de rodovias que terão de receber uma série de melhorias, já que serão em torno de 80 mil carretas a mais por ano nestas estradas. 

Embora ainda não exista data para início das obras, a previsão do Governo do Estado é de que as atividades comecem ainda em 2026. Existe a previsão de que no começo de maio a multinacional faça o anúncio oficial sobre o investimento. 

“A empresa vai fazer uma nota oficial de prioridade no dia 6 de maio, quando estará com o Governo do Estado fazendo o anúncio efetivo de qual o projeto que irá iniciar. Pode ser uma, podem ser duas unidades, mas a prioridade será definida nessa data”, segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck. 

É que em novembro do ano passado o Estado havia informado que a fábrica seria erguida em Água Clara, com previsão de investimentos da ordem de 4 bilhões de dólares (R$ 23 bilhões) e capacidade para 2,8 milhões de toneladas por ano. 

Mas, apesar do suspense oficial sobre a localização, o fato é que o projeto de Água Clara está descartado. Prova disso é que até agora a Energisa não fez qualquer tipo de planejamento para levar energia a um possível canteiro de obras naquela região. Enquanto isso, faz 18 meses que se prepara para o empeendimento em Bataguassu. 
 

ANASTÁCIO (MS)

Idosa cai da cama, bate a cabeça e morre em MS

Mulher caiu da cama às 5h, teve hemorragia interna, vomitou e morreu 10 horas depois, às 15h

14/04/2025 11h00

Hospital Santa Casa de Campo Grande, para onde a idosa foi transferida

Hospital Santa Casa de Campo Grande, para onde a idosa foi transferida MARCELO VICTOR

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Idosa, de 71 anos, que não teve o nome divulgado, morreu horas após cair da cama, na tarde deste domingo (13), em Anastácio, município localizado a 137 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, idosa estava dormindo na cama e, por volta das 5h30min de ontem (13), se movimentou, caiu da cama e bateu a cabeça em um criado-mudo que estava ao lado.

De acordo com o boletim de ocorrência, não houve lesões ou sangramentos externos, mas, após alguns instantes, a idosa vomitou.

O esposo e a filha levaram a vítima até o hospital de Aquidauana, onde fez exames e ficou em observação. Os exames indicaram traumatismo craniano com sangramento interno e, com isso, foi encaminhada ao Hospital Santa Casa de Campo Grande.

Mas, no caminho, teve uma parada cardiorrespiratória, não resistiu e faleceu. Médicos tentaram reanimar a vítima, mas, não obtiveram êxito. O óbito foi confirmado às 15h13min de ontem (13).

O caso foi registrado como Morte Decorrente de Fato Atípico na na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

A morte da idosa acende alerta para bebês, crianças, idosos e até mesmo adultos encostarem a cama na parede na hora de dormir, para evitar possíveis quedas e tragédias familiares.

Outro caso parecido foi noticiado pelo Correio do Estado em 2019, quando um homem de 41 anos morreu após ter hemorragia e entrar em coma após cair da cama.

Uma pessoa que cai da cama e bate a cabeça pode sofrer lesões internas que podem levar à morte, como hemorragia e coma. Veja quais são os sinais de lesões internas:

  • Dor de cabeça intensa
  • Fraqueza ou tontura
  • Vômitos
  • Sangramento, principalmente pelo nariz, boca, ouvido ou olhos
  • Confusão mental
  • “Galo” atrás da orelha ou hematomas ao redor dos olhos
  • Desmaio ou perda de consciência, mesmo que por poucos segundos
  • Convulsões

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