O pagamento do 13° salário aos trabalhadores, aposentados e pensionistas de Mato Grosso do Sul deve injetar R$5.202.440.040 na economia do Estado, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Destes, R$1.281.222.949 são provenientes dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social (INSS), e R$3.921.221.091 de trabalhadores formais.
Esse valor não contempla os trabalhadores autônomos, assalariados sem carteira assinada ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano.
A cifra bilionária teve um aumento de 22,42% em comparação ao ano passado, o que significa um acréscimo de R$953.570.685.
Com relação aos números totais, entre os beneficiários do Estado, foi registrado um aumento de 6,2%, ou seja, 75.654 pessoas a mais do que as contabilizadas em 2024, totalizando 1.287.100 pessoas.
Com relação aos trabalhadores no Mercado Formal, foram contabilizadas 893.441 pessoas, 4,5% a mais que no ano anterior (36.160 a mais). Esse número corresponde a 69,4% do total de beneficiários de MS.
Nos setores públicos e privados, houve um acréscimo de 44.160 trabalhadores apesar da redução de 6 mil postos de trabalho entre os Empregados Domésticos com Carteira Assinada (que correspondia a 2,2% do total de beneficiados no ano de 2024 para 1,6% neste ano, com 21 mil postos).
Entre os aposentados e pensionistas, que representam 30,06% do contingente, correspondem a 393.659 em 2025, número 10,5% maior que o ano passado. O valor médio da remuneração do grupo foi de R$1.671,62, aumento de R$90,40 ou 6%.
Reação no comércio
O aumento nos valores aplicados na economia significa aumento no movimento, especialmente, no setor comercial.
De acordo com a pesquisa Perspectivas Empresariais para Contratações 2025, da Associação Comercial Industrial de Campo Grande (ACICG), 36% dos empresários de diferentes segmentos do varejo pretendem aumentar as equipes entre os meses de novembro e dezembro em Campo Grande para atender a alta de demanda de final de ano.
Isso significa que, segundo projeções da ACICG, devem ser ofertadas 1,1 mil vagas de trabalho no setor terciário (comércios e serviços) no período, que é mais aquecido por datas tradicionais como as Black Fridays, Natal e Ano Novo.
Em quase 50% das empresas, o período de maior contratação será na primeira quinzena de dezembro. Em outras 22%, serão feitas contratações ainda no mês de novembro. 16% das empresas do levantamento devem reforçar as equipes somente na segunda quinzena de dezembro.
Para a ACICG, o número demonstra confiança na continuidade da demanda para o início de 2026.
"A maioria dos empresários mantém as expectativas de contratação no mesmo patamar do ano passado, e mais de um terço pretende ampliar o número de colaboradores. Isso revela estabilidade, o que é muito saudável, diante do cenário econômico atual", avalia o presidente da ACICG, Renato Paniago.
Nacional
Em todo o Brasil, o pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 369,4 bilhões na economia brasileira. O montante representa aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e é pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive empregados domésticos; beneficiários da Previdência Social; e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.
Cerca de 95,3 milhões de brasileiros recebem o benefício adicional, com média de R$ 3.512 de acordo com o DIEESE. Entre os beneficiários, 59,3 milhões (62,5%) são trabalhadores no mercado formal, incluindo empregados domésticos, que somam 1,5 milhão de pessoas.
Os aposentados e pensionistas do INSS correspondem a 34,8 milhões de beneficiários, 36,6% do total.
Do montante, cerca de R$260 bilhões, ou 70,4% do total, serão pagos aos empregados formais. Outros 29,6%, equivalentes a R$ 109,5 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas.
Considerando apenas os beneficiários do INSS, o valor pago será de R$ 64,8 bilhões; aos aposentados e pensionistas da União, serão destinados R$ 9,9 bilhões; aos dos estados, R$ 20,5 bilhões; e aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 14,2 bilhões.


