Cidades

caça-níqueis

Concessionária pode ser acionada para bancar reforma da ponte na BR-262, admite Agesul

Prioridade, porém, é restabelecer a normalidade do tráfego sobre o Rio Paraguai. Empresa cobrou pedágio durante 14 anos e em 2022 faturou R$ 2,6 milhões por mês

Continue lendo...

Apesar de ter devolvido há oito meses ao governo estadual a administração da ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, a empresa Porto Morrinho ainda pode ser acionada judicialmente para bancar os custos da reforma da estrutura, já que ela cobrou pedágio durante quase 14 anos e devolveu a ponte com graves patologias, as quais forçam a interdição parcial do tráfego desde março do ano passado. 

Embora esteja priorizando a reforma da pista, que está com o concreto comprometido em cinco pontos diferentes próximo a três dos 34 pilares, o diretor da Agesul, Mauro Azambuja Rondon, não descarta a possibilidade de a empresa ser acionada no futuro para bancar os custos da reforma. 

Só os reparos emergenciais que estão em curso foram orçados em R$ 1,67 milhão. E por conta destes reparos, a ponte terá de ser interditada completamente por pelo menos 24 horas em cinco datas diferentes. Essa interdição total, porém, pode durar até 72 horas em cada uma destas datas em que ocorrer a concretagem da pista. Ou seja, as cidades de Corumbá e Ladário podem ficar isoladas por até três dias em cinco periodos diferentes a partir de meados de fevereiro. 

Além disso, o serviço de pare e siga está custando em torno de R$ 330 mil por mês. Outros R$ 714 mil estão sendo gastos com uma empresa de consultoria que fará um estudo de todos os reparos que serão necessários na estrutura e que vão consumir, pelo menos, outros R$ 6 milhões, conforme estimativa feita em junho do ano passado pelo secretário de Infraestrutura,  Hélio Pelufo. 

Ao ser indagado por que a Porto Morrinho não está bancando as reformas, Mauro Azambuja afirmou  ao Correio do Estado nesta quarta-feira (24) que “essa é uma pergunta boa. Existem duas possibilidades. Uma a gente faz o que tá fazendo e resolve o problema. Outra, a gente entra numa discussão eterna, com risco de a coisa piorar. Não julgo o que aconteceu com relação à concessão. Existe a possibilidade de ela ser acionada? Eu acho assim. Sempre que o Estado se sentir prejudicado em relação a algum ente privado, ele tem o direito de fazer isso daí. Eu confesso que não discuti essa situação”, afirmou o diretor da Agesul.

FATURAMENTO MILIONÁRIO

Com 1.890 metros de comprimento e inaugurada em maio de 2001, a ponte era pedagiada até setembro de 2022, com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga. Em média, a cobrança rendia R$ 2,6 milhões por mês. 

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo foi de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato com a empresa Porto Morrinho durou 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão.

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%.

Em troca da cobrança de pedágio, a empresa Porto Morrinho tinha a obrigação de fazer a manutenção da estrutura. Mas, ela foi devolvida e dois meses antes do fim definitivo do contrato com a concessionária, o tráfego já estava em meia pista justamente porque a manutenção não foi realizada. 

Nos primeiros oito meses depois do fim da cobrança de pedágio, entre setembro de 2022 e maio do ano seguinte, a concessionária continuou cuidando da ponte. Neste período, recebeu pouco mais de R$ 6 milhões. Atualmente, a empresa que controla o tráfego é a empresa RR Ceni Terraplanagem. 

TROCA DE AMORTECEDORES

E ao mesmo tempo em que admite a possibilidade de a concessionária ainda vir a ser acionada, Mauro Azambuja garante que o colapso nas extremidades das lajes nos cinco pontos que estão em reforma não tem nenhuma relação com colisões de embarcações. 

Estas colisões, explica, ocorreram com os pilares quatro a cinco. As trincas no concreto, porém, apareceram nos pilares 2, 24 e 27. E estas trincas, acreditam os técnicos, surgiram porque os “amortecedores”, ou juntas, que absorvem os impactos do tráfego entre a laje (pista) e os pilares estão com a vida útil vencida. 

Por isso, possivelmente todas estas juntas, que são feitas com uma espécie de borracha, terão de ser substituídas. O custo também tende a ser bancado pela administração estadual, apesar de a concessionária ter arrecadado pedágio durante 14 anos e nunca ter feito essa substituição. 
 

Antônio João

"Pix" de R$ 27 milhões cai na conta e fazendeiros deixam terra indígena em MS

14/11/2024 18h10

Repasse foi finalizado na tarde desta quinta-feira (14)

Repasse foi finalizado na tarde desta quinta-feira (14) Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Nesta quinta-feira (14), os fazendeiros Roseli Ruiz e Pio Silva foram os últimos a deixar a Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, saída que acontece após a União finalizar o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional.

Anunciada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni por volta das 17h, a retirada dos produtores encerra um ciclo de conflitos de 27 anos entre fazendeiros e indígenas, uma vez que o pagamento torna a terra de 9.317,216 hectares propriedade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). 

“Encerra 27 anos de conflito para ambos os lados, tanto para os produtores como para os indígenas.  Hoje, o Governo Federal depositou todo o valor das benfeitorias, e agora estamos fazendo aqui a retirada da Roseli, as últimas coisas dela, entregando definitivamente a posse para a Funai. A saída aconteceu por volta das 17h, a propriedade agora pertence à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).”, disse Bertoni em uma rede social. 

Em acordo indenizatório histórico realizado em setembro último, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia determinado que a área é território ancestral indígena, imbróglio iniciado em 2005.

Como anunciado na última terça-feira (12) pelo Correio do Estado, os proprietários da fazenda tinham cerca de 15 dias para deixar o local, que deve receber presidente Lula já no próximo dia 25, data prevista para a assinatura de homologação da terra.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.

Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua. O Estado deverá efetuar, em depósito judicial, o montante de R$ 16 milhões, também a serem pagos aos proprietários, previstos para janeiro de 2025. 

O acordo prevê a extinção de todos os processos em tramitação no Judiciário envolvendo a disputa da TI, processos a serem extintos sem resolução de mérito.

No dia 18 de setembro, após o assassinato do indígena Neri Guarani Kaiowá, de 23 anos, a última etapa do processo demarcatório do território indígena do povo guarani-kaiowá, que estava paralisada há 19 anos, voltou a ser revista por meio de uma petição do MPI, fator que acelerou o desfecho do repasse do território.

Assine o Correio do Estado

Evento no Bairro

Feira Sagarana terá brechó kids com peças a partir de R$ 5

Com diversos expositores e atrações, o evento ocorre neste domingo (17), no Portal do Panamá, em Campo Grande

14/11/2024 18h00

Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A 1ª Feira Cultural Sagarana será neste domingo (17), com peças para bebês a preços acessíveis, outros expositores e atrações diversas, na praça Antônio Papi Neto, no bairro Portal do Panamá.

Responsável pelo Brechó Kids João e Maria, Sônia de Medeiros conversou com a reportagem do Correio do Estado e contou que irá expor peças de segunda mão para recém-nascidos até crianças de 12 anos.

Com preços a partir de R$ 5,00 e o mais caro, R$ 35,00, é uma oportunidade para quem precisa renovar o guarda-roupa com moda sustentável.

São roupas como bodies, macacões, calças e mijãozinhos, com preços de R$ 5,00 a R$ 15,00. Já para crianças maiores de 1 ano, ela tem opções como camisetas, vestidos, shorts e calças jeans, com valores de R$ 6,00 a R$ 35,00.

Reprodução Redes Sociais

Além disso, a feira contará com expositores de artesanato, ação do Instituto Sangue Bom, adoção de pets e espaço kids. Está achando que acabou?

Para animar o domingão, a Feira Cultural Sagarana abre alas com show de samba ao vivo com o grupo Sabadoniran.

Conscientização

Durante o evento, o Instituto Sangue Bom promoverá ações explicando para os presentes a importância da doação de sangue e medula óssea.

Organização

Com o objetivo de fomentar a economia e promover atividades diferenciadas para moradores do bairro e vizinhos, a organização está por conta de quatro amigas empreendedoras: Beatriz, Dagmar, Luzia e Meliza, que resolveram montar a própria feira.

Programação

Praça Antônio Papi Neto

  • Abertura: 9h
  • Música ao vivo: 10h às 13h
  • Ação com o Instituto Sangue Bom: 13h às 13h30
  • Encerramento: 15h
  • Ruas: Sagarana, Otávio Mangabeira, Lenin Flores Bergozi e Tv. Pacaty.

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).