Cidades

CARA E INEFICIENTE

CPI do Ônibus da Capital já custou R$ 100 mil e deve terminar em "pizza"

Em coletiva, vereadores alegaram não ter condições de avaliar se o contrato com o Consórcio Guaicurus pode ser rescindido

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga o transporte público de Campo Grande, que já gastou mais R$ 100 mil na análise de documentos, não deve propor alterações contratuais ou o fim do contrato de concessão do serviço entre Consórcio Guaicurus e prefeitura, ou seja, o processo que foi aberto para apurar também a situação do contrato pode não ter efeito prático para os usuários dos ônibus.

Reconhecendo que a possibilidade ou não de rescisão do contrato celebrado em 2012 com a empresa gestora do transporte coletivo é um assunto complexo, o presidente da CPI, vereador Lívio Leite, o Dr. Lívio (União Brasil), afirmou ontem que o tema não é um dos fatores determinantes para a CPI.

“Este assunto é muito complexo, rescisão de contrato só pode ser feito entre as partes que assinaram este contrato, esta CPI não vai entrar neste mérito, nós vamos apontar as dificuldades de execução deste contrato, tendo em vista o equilíbrio econômico-financeiro, que são os fatos determinados desta CPI. A gente deve se limitar a isso”, declarou.

O vereador também complementou que a decisão de manter a concessão com o Consórcio Guaicurus ou de rescindir o contrato não depende da CPI. 

“Se a análise do equilíbrio econômico-financeiro for levar posteriormente a uma rescisão de contrato, isso não depende da gente, não temos condições de dizer se este contrato deve ser rescindido ou não”, disse.

Conforme informou a Câmara Municipal na abertura da CPI sobre o transporte coletivo, os fatos determinados que a comissão investiga são: a utilização de frota com idade média e máxima dentro do limite contratual e o estado de conservação dos veículos, nos últimos cinco anos; o equilíbrio financeiro contratual após a aplicação dos subsídios públicos concedidos pelo Executivo municipal; e a fiscalização feita pela

Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) no serviço de transporte público prestado pela concessionária, após a assinatura do termo de ajustamento de gestão (TAG) no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), em novembro de 2020.

Durante as oitivas, o atual diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, afirmou que uma solução para melhoria do transporte público seria assinar um acordo de repactuação do contrato de concessão com a Prefeitura de Campo Grande.

“É vontade de todo o consórcio que a gente consiga sentar à mesa e chegar a um acordo com o município. Avalio que seria importante colocar a Câmara nesse acordo, junto com o Ministério Público, o Poder Judiciário. Que se faça um grande pacto e a gente ache o caminho para resolver essa questão”, afirmou Themis de Oliveira, durante oitiva realizada no dia 18.

MOBILIDADE URBANA

Na coletiva de imprensa, os membros da CPI e o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, conhecido como Papy (PSDB), destacaram que a comissão deve encaminhar e criar políticas públicas que melhorem a mobilidade urbana na Capital, o que estava entre os dos fatos determinados analisados pela CPI.

“Um papel importantíssimo da CPI é a questão da mobilidade urbana, esse vai ser o grande legado desta CPI, a discussão de mobilidade urbana de Campo Grande. A cidade e a população cresceram, e os usuários do transporte coletivo querem chegar ao seu destino a tempo”, declarou o vereador Junior Coringa (MDB).

Papy disse em coletiva que uma das propostas da CPI pode ser a criação de um fundo de custeio que possa destinar dinheiro todo mês para o transporte público de Campo Grande.

“Independentemente de quem é o culpado, independentemente de quem será o prefeito lá na frente, é um mecanismo novo. Com dinheiro vinculado, é o melhor jeito. Se alguém for prefeito hoje ou amanhã, você tem um recurso garantido com a finalidade específica”, disse.

PRÓXIMOS PASSOS

Os vereadores ressaltaram que a quarta fase da CPI ouvirá os usuários do transporte público da Capital por meio de uma audiência pública, que deve acontecer amanhã, no plenário da Câmara, com um link ao vivo na Praça Ary Coelho para dar a oportunidade de mais pessoas participarem.

Serão ouvidos usuários do transporte na praça das 13h às 17h. Não será necessário fazer inscrição prévia para ser ouvido. A audiência será conduzida pelo vereador Junior Coringa.

No dia 2 de julho, haverá uma nova oitiva. Na ocasião, o convidado, de acordo com os vereadores, será Jurandir Fernandes, especialista em Transporte Coletivo.

Jurandir deve realizar uma apresentação sobre quais são as melhores práticas do setor que estão sendo executadas em outros municípios.

SAIBA

A CPI do Ônibus avalia se convoca novamente o sócio-proprietário do consórcio, Paulo Constantino, que não compareceu na semana passada em razão de ter apresentado um atestado médico.

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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