A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) designou o policial penal Leoney Martins Duarte Barbosa, diretor do Instituto Penal de Campo Grande, para assumir como diretor interino da Penitenciária Estadual de
Dourados, substituindo o até então interventor Rangel Schveiger, dispensado do cargo suspeito de participar de crimes cometidos dentro do estabelecimento penal.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (14), mas Leoney já havia sido designado ao cargo na quinta-feira (13). Ele irá assumir a diretoria do maior presídio de Mato Grosso do Sul por tempo indeterminado.
Diretor dispensado
Também consta no DOE a dispensa do policial penal Rangel Schveiger, alvo de uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MS) que investiga crimes cometidos dentro da Penitenciária Estadual de Dourados.
A polícia apura o envolvimento de Schveiger com tráfico de drogas, corrupção de servidores públicos e um homicídio, ocorridos dentro do estabelecimento penal.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Dourados, Rio Brilhante, Naviraí e em Marília, no interior de São Paulo, na última quinta-feira (13).
Investigações
As investigações tiveram início em 2024, após a polícia receber informações de que um policial penal estaria ingressando no Presídio Estadual de Dourados com droga e celulares. Ele chegou a ser preso em flagrante em julho ao ano passado, transportando cerca de 1,5kg de entorpecentes para o interior da unidade prisional.
Além do diretor, a suspeita é de que outros servidores também estariam envolvidos em ao menos um homicídio, cometido dentro do presídio, a mando de um interno que afirma ser líder de uma facção criminosa. Atualmente, o suspeito está recluso em um presídio federal.
A esposa do apontado como mandante, que é advogada, também é investigada por suposta participação no crime.
A Polícia Federal segue apurando e aprofundando os fatos para identificar outros possíveis envolvidos.
Sátrapas
“Sátrapas”, como foi nomeada a operação, era como eram chamados os governadores de satrapias, na antiga Pérsia. Tais governadores eram indivíduos poderosos, arbitrários e tiranos, que se utilizavam do aparato estatal para atingir seus interesses pessoais.
Indícios históricos revelam que os Sátrapas jogavam pessoas contrarias ao seu governo em cova de leões, desarmadas para serem mortas, assim como os crimes nesta investigação apurados.
FICCO
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Mato Grosso do Sul – FICCO/MS, é composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Militar do MS (PMMS), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Penal Estadual (AGEPEN) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).