Cidades

2022

Em evento, prefeito Marquinhos Trad abre licitação da reforma do Surian para transformar em escola, além de anunciar Vila dos Idosos

A Emei irá atender mais de 700 crianças; Vila terá 40 unidades habitacionais

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Na manhã desta segunda-feira (30, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) fez o lançamento de um novo projeto para Campo Grande, as obras do Reviva Melhor idade – Vila dos Idosos.

Será construído um condomínio na antiga sede da Agetran, entre a avenida Fernando Correia da Costa com a rua Anhandui. Ao todo, serão 40 unidades habitacionais para pessoas de baixa renda. 

Segundo a subsecretária de gestão e projetos estratégicos, Catiana Sabadin, o projeto é inédito para a cidade. “Os idosos irão receber os imóveis por meio de sorteios, ficarão até o resto das suas vidas e depois as unidades voltam para o município para atender outros idosos”, afirmou.

O sorteio será realizado por meio da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, que vai abrir as inscrições para idosos maiores de 60 anos participarem.

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Os moradores irão pagar de aluguel 17% do salário e a outra parte será financiada pela prefeitura de Campo Grande.

O vereador e autor do projeto, Valdir Gomes (PSD), disse que no local apenas idosos poderão morar, sem familiares e aqueles que necessitam poderão ter a assistência de cuidadores. 

“A família pode visitar, é um condomínio normal. Devido a ser uma vila da terceira idade, a família não vai poder permanecer no local como morador. Lá é uma vila para idosos devido o silêncio”, disse ao Correio do Estado.

As casas serão decoradas, contarão com móveis e, até mesmo, televisão. O apartamento terá um espaço privativo de 33,70m², com sala integrada com cozinha, área de serviço e 1 quarto com banheiro.

Já o condomínio contará com academia ao ar livre, acessibilidade e sete salas comerciais, para que eles possam usufruir e com a renda ajudar no pagamento dos imóveis. 

“Esses idosos que vivem sozinhos, solitários, agora terão um lugar totalmente diferenciado para eles poderem ter um final de vida muito melhor do que tinham. Ali vai ser um espaço de acolhimento”, contou o vereador.

No local, serão investidos cerca de R$ 10,5 milhões em recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Será aberta a licitação, que ocorrerá em até três meses e a estimativa é que as obras comecem em janeiro de 2022.

O prefeito Marquinhos Trad disse que o projeto irá atender, principalmente, aqueles idosos que vivem em situação de isolamento, no qual “nem a família quer mais”. "Marquinhos isso acontece? Anda nos asilos comigo. Tem gente que nem tem condições de colocar eles dentro de suas próprias casas”, disse. 

Também foi assinado no local a assinatura para a abertura da licitação da reforma do antigo Clube Surian para que o prédio se transforme em Escola Municipal de Educação Infantil (Emei).

Conforme Trad, o clube estava devendo impostos para a prefeitura e os proprietários não tinham condições de pagar os valores, mas pediram para que a gestão municipal cuidasse do local e fizesse bom proveito. 

A transferência do prédio para o município foi em dezembro de 2019. Para chegar a esse acordo, a prefeitura perdoou as dívidas do clube e os proprietários pediram que fosse mantido o nome, e a Emei deve se chamar mesmo Surian. 

“O Surian tem um histórico. É um imóvel que foi edificado sob o suor de um grupo vindo do Oriente e eles pediram para manter ao menos a arquitetura e é o que faremos. Foi bom para a cidade, porque esta questão poderia se desenrolar por muitos anos na Justiça e foi resolvida de forma conciliatória”, afirmou o prefeito.

“Serão atendidas mais de 700 crianças. A gente tem que ocupar o centro, quem vai estar lá? Serão crianças dos trabalhadores do centro da cidade que vem dos bairros e não tem muitas vezes onde deixar seus filhos”, continuou.

Serão atendidas crianças de 6 meses a 5 anos de idade, do berçário ao grupo 5 da educação básica. 

Vão ser investidos R$ 6,3 milhões, também do BID.

Histórico

A prefeitura oficializou a cedência do prédio do Surian para a quitação de 18 anos de atrasos no IPTU pelos proprietários, em novembro de 2018. A sociedade beneficente que administrava o prédio não pagava o imposto desde 2001 (com exceção de 2009). Além disso, ela também devia a Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos de 2008 e multas aplicadas em 2003 e 2005.

O valor total da dívida é de R$ 1.527.442,19. Já o imóvel foi avaliado em R$ 1.901.736,10. Os donos abriram mão da diferença em prol da cidade, conforme extrato da decisão da Câmara de Conciliação Fiscal publicado em 18 de novembro.

A prefeitura cogitou a usar o prédio para abrir uma escola para alunos com deficiência, mas voltou atrás após questionamentos e decidiu pela Emei, a segunda a funcionar no Centro da Capital.

Aberto na década de 1960, o Surian fez sucesso na cena noturna de Campo Grande. O clube também se tornou um local famoso para a realização de eventos particulares. 

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quarteirização?

Pivô de escândalo em MT renova contratos milionários em MS

Empresário foi preso em novembro passado em MT envolvido em suposto esquema de R$ 1,8 bilhão. Ele vai faturar R$ 8,41 milhões por ano em Água Clara

08/04/2025 11h49

Prefeitura de da pequena cidade de Água Clara vai destinar cerca de 5% de sua receita para empresa cuiabana de informática

Prefeitura de da pequena cidade de Água Clara vai destinar cerca de 5% de sua receita para empresa cuiabana de informática

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Preso em novembro do ano passado em Mato Grosso por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção em contratos da ordem de R$ 1,8 bilhão naquele Estado, o empresário Jânio Correa da Silva garantiu, nesta terça-feira (8), faturamento anual de quase R$ 8,5 milhões em três contratos renovados com a prefeitura de Água Clara, cidade a 200 quilômetros ao leste de Campo Grande. 

Conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta terça-feira, os contratos com a empresa cuiabana Centro América Comércio, Serviço, Gestão Tecnológica foram inicialmente assinados em abril de 2023 e no começo deste mês receberam o segundo aditivo, sendo prorrogados até o começo de abril de 2026. 

Em abril de 2023 eles somavam R$ 7,22 milhões e desde então já foram corrigidos em 17%, passando para R$ 8,41 milhões por ano. Neste período, a inflação acumulada (IPCA) é um pouco superior a 9%. 

O maior deles, de R$ 5.918.478,13, assinado pela prefeita Gerolina da Silva Alves (PSDB), é para atender as secretarias de infraestrutura, finanças, educação e meio ambiente. O outro, de R$ 2.215.228,00, é com a secretaria de saúde e o terceiro, de R$ 284.512,00, é para atender a secretaria de assistência social. 

Para assinar os três contratos, a prefeitura de Água Clara escapou das licitações tradicionais e pegou carona em uma ata de registro de preços feita pelo município mato-grossense de Peixoto de Azevedo, que foi um dos alvos da operação que em novembro passado resultou na prisão de Jânio e mais cinco familiares. 

Em 2023, a prefeita tucana informou, no diário oficial, que estava contratando “empresa especializada em sistema de gestão integrada de frotas com abastecimento, rastreamento, seguro e manutenção preventiva e corretiva englobando peças e serviços dos veículos”. 

No dia 18 de março deste ano, outro prefeito tucano, Juliano Ferro, de Ivinhema, assinou contrato com esta mesma empresa e informou que iria gastar R$ 4.995.750,45 por um período de seis meses. Conforme o diário oficial daquela data, o contrato é para quarteirizar a gestão da frota municipal. 

Alguns juristas conceituam a quarteirização como sendo a evolução do processo de terceirização, em que o gerenciamento dos terceiros passa para uma quarta empresa. Quer dizer, os contratos milionários são apenas para gerenciar contratos que as prefeituras firmaram com outras empresas.

A prefeitura de Água Clara não utiliza o termo quarteirização dos serviços, mas o contrato que neste  ano chegou a Ivinhema já existia há dois anos em Água Clara. Com 16,7 mil habitantes, a prefeitura de Água Clara vai gastar o equivalente R$ 508,00 por habitante com a empresa do cuiabano que em novembro passado ficou cinco dias na cadeia. 

Para efeito de comparação, o valor a ser repassado à empresa CAT, como é conhecida a empresa de Mato Grosso, equivale ao custo anual da Câmara de Vereadores, que no ano passado recebem em torno de R$ 8 milhões.

Equivale, também a cerca de 5% de todo o orçamento anual da prefeitura, que no ano passado estimou receitas e despesas de R$ 165 milhões. 

O gasto per capito anual em Ivinhema, município comandado pelo “prefeito mais louco do Brasil”, é um pouco menor, da ordem de R$ 338,00, já que a população da cidade é de 29,6 mil, conforme dados do censo de 2022. 

Em sua descrição, a CAT diz ser  “uma empresa que atua no desenvolvimento de programas de computador sob encomenda”. Entre as principais atividades está o “desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; oferecimento de produtos que utilizam tecnologia de última geração; fornecimento de equipamentos de ótima qualidade; integração de informações dos clientes; foco na transparência e praticidade do processo na gestão tecnológica, pública e privada”.


SODOMA E GOMORRA

Há exatos cinco meses,  a operação Gomorra, que já foi uma sequência da Operação Sodoma, apontou que havia uma “organização criminosa constituída para fraudar licitações e obter vantagens indevidas em prefeituras e câmaras de Mato Grosso”, conforme texto publicado em 7 de novembro do ano passado pelo MPE de Mato Grosso.

Segundo o MPE-MT, “as investigações revelaram que nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1.8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE).”

Segundo a apuração , “as empresas investigadas atuam em diversos segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares”.

O “cabeça” do suposto esquema de corrupção em Mato Grosso foi apontado como sendo Edézio Correa, que é tio de Jânio Correa da Silva. Os dois e mais quatro familiares foram detidos naquela data. Jânio e quatro familiares foram soltos no dia 12 de novembro, mas o tio continuou na cadeia. 

Em novembro, o principal alvo da operação foi a prefeitura de Barão de Melgaço. Mas, por se tratar de uma investigação complexa, o MP não descartou a “realização de novas fases da operação Gomorra com foco nas mais de 100 prefeituras e câmaras que possuem contratos homologados com as empresas investigadas”.
 

Atraso

Campo Grande amanhece com "sumiço" e recolhimento exagerado de ônibus

Após ônibus não aparecer em três horários previstos, passageiros fecharam terminal para protestar

08/04/2025 11h00

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora Marcos Vello

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No início desta terça-feira (8), passageiros que aguardavam a linha 072 (T. Morenão/ T. Nova Bahia) realizaram um protesto devido ao atraso do ônibus por mais de uma hora. A população fechou os portões e tomou a pista do Terminal Nova Bahia.

O motivo da revolta foi a falta de ônibus entre as 5h10 e as 6h10. De acordo com informações do site Moovit, três ônibus da linha deveriam ter aparecido nesse intervalo de tempo. Eram previstas partidas às 5h25, às 5h43 e às 6h02.

A linha 072 é uma das principais a conectar os subúrbios da capital a bairros nobres como Carandá Bosque, Santa Fé e Chácara Cachoeira.

Ligando os Terminais Nova Bahia e Morenão, a linha é majoritariamente utilizada por prestadores de serviço como empregadas domésticas, que tiveram um grande prejuízo com o atraso do transporte.

Veja os vídeos do protesto:

 

 

1, 2, 3, 4... RECOLHE

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Outro problema enfrentado na manhã desta terça-feira por usuários do transporte público de Campo Grande foi o número exagerado de ônibus sendo recolhidos. 

Passageiros que aguardavam nos pontos da Rua 13 de Maio, no Centro da capital, relatam terem presenciado até quatro veículos seguidos com o letreiro "RECOLHE" ligado em pleno horário de pico, entre as 7h e as 8h.

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Justificativa

Em nota, a assessoria do Consórcio Guaicurus informou que a falta de ônibus na linha 072 ocorreu em virtude da falta de um motorista. "Houve uma falha no processo operacional pelo motorista de plantão, o que acarretou na manifestação de alguns passageiros no terminal".

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