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Lagarta preta é novo tipo de praga que ataca a soja

Lagarta preta é novo tipo de praga que ataca a soja

Redação

05/04/2010 - 21h59
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Cícero Faria, Dourados A exemplo do que ocorreu nesta safra em alguns Estados agrícolas, em Mato Grosso do Sul houve o registro de ataques de uma praga nova para a região, a lagarta preta (Spodoptera cosmioides) nas lavouras de soja. Os danos foram pequenos, mas foi um sinal de alerta para os próximos anos, porque o seu controle com inseticida é difícil. Segundo o agrônomo Ângelo Ximenes, presidente do Grupo Plantio na Palha (GPP), de Dourados, a lagarta preta é uma praga descrita cientificamente e foi notada nesta safra de soja quando os agricultores e técnicos fizeram a ‘batida de pano’ para contar o numero de insetos nas lavouras, para fazer a pulverização com inseticida. Essa lagarta, disse o agrônomo, ataca nas fases vegetativa e reprodutiva. Quando as plantas da soja fecham as ‘ruas’ das lavouras, a praga fica nas partes mais baixas dificultando a sua localização. “Também é preciso saber qual o produto químico a ser usado e a sua dosagem”, explicou. Em regiões agrícolas de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocorreram surtos da lagarta preta causando perdas aos produtores, por se alimentar de plantas de valor comercial, como gramíneas e leguminosas, caso da soja. No Brasil ela tem como hospedeiros o pimentão, o tomateiro, o algodoeiro, mudas de abacaxizeiro, o arroz, a cebola, mudas de eucalipto, o mamoneiro, a mangueira e as hortaliças em geral. Constitui, juntamente com Spodoptera eridania (Cram.), o principal grupo de lagartas que atacam vagens de soja. Segundo o agrônomo e doutor em Fitotecnia, José Luis da Silva Nunes, em entrevista ao Agrolink, até o início da década não havia registros da ocorrência de danos da praga em níveis econômicos para a cultura da soja. Porém, em algumas fazendas do Brasil, principalmente em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocorreram surtos da lagarta preta causando severos danos à cultura. “A provável causa dos surtos seria a aplicação frequente de inseticidas químicos de amplo espectro, que teriam eliminado os inimigos naturais que mantinham a população da espécie em equilíbrio. Um exemplo semelhante ocorreu em Honduras, no ano de 1996, quando a praga causou danos significativos em lavouras de milho e sorgo em estágio inicial de desenvolvimento, quando se fazia o controle de ervas daninhas com herbicidas”, explicou Silva Nunes. Também as condições climáticas de uma região podem ser fatores determinantes para a ocorrência desta praga, pois afetam diretamente o desenvolvimento e o comportamento do inseto, com a temperatura entre 15°C e 38°C. Com isso, acrescentou o fitotecnista, o inseto passou a ser encarado como um problema mais sério já que não existem produtos registrados para o controle desta espécie. O produtor acaba utilizando defensivos indicados para combate de outras lagartas que atacam a soja. A espécie apresenta grande variação de coloração na fase larval, o que dificulta a identificação da espécie. As lagartas depositam os ovos massa sobre as folhas baixas da planta ou sobre o solo. Após a eclosão, as lagartas possuem cor geralmente marrom, modificando a coloração para preta, com listas longitudinais e marrons.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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