Enquanto as mulheres representam quase metade (45%) do total de trabalhadores formais no Brasil, no mercado de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês), elas não chegam a um terço (26%).
Mais: a sub-representação feminina do universo STEM não é exclusividade do Brasil. Nos Estados Unidos, as mulheres são 47% do total de trabalhadores, mas apenas 24% nos empregos do STEM. São Dados da IDRC e FGV.
In – Bolo molhado de coco
Out – Bolo molhado de leite ninho
Noite de gala
O depois de ficar um ano fora do circuito por causa da pandemia o Met Gala, voltou com muito estilo. O encontro anual tem como intuito angariar fundos para o benefício do Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.
Comandado desde 1995 por Anna Wintour (primeira foto à esquerda) editora-chefe Vogue teve como tema este ano “In America: A Lexicon of Fashion”, que homenageia a moda e o estilo americano, pouco valorizados em relação à europeia.
Entre protestos silenciosos, transparências, fendas e decotes quem passou pelo tapete entre as mais de 400 pessoas que circularam por lá, da segunda foto à esquerda para direita, Jennifer Lopez, Rihanna, Kendall Jenner, Lupita Nyong’o e Hailey Baldwin, que foi acompanhada do marido Justin Bieber.
Dias tensos
Na segunda-feira (6) à noite, Luiz Fux, presidente do STF, temeu que o prédio da Corte fosse invadido e telefonou para integrantes da cúpula das Forças Armadas e cogitou pedir a instauração de uma garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Distrito Federal.
Maior tensão quando a PM cedeu e os manifestantes invadiram a Esplanada dos Ministérios. A situação foi considerada crítica. Aí, Fux ligou para o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que não o atendeu.
Mais tarde, a PM voltou a conter os manifestantes, que estacionaram caminhões na Esplanada, mas antes não conseguiram acesso ao prédio da Corte.
Antes, Fux telefonou para o presidente que não retornou. Mais: para quem não tem ideia de como a coisa funciona: nos comícios de 7 de Setembro, Bolsonaro disse que iria se encontrar com Luiz Fux, presidente do STF, que deveria enquadrar o ministro Alexandre de Moraes. Falou como se Fux fizesse parte do Conselho da República.
Blefe: não há no conselho lugar para um representante do STF. Mais: o Conselho da República não decide nada: apenas aconselha.
Não tem poder deliberativo. O presidente só pode decretar estado de sítio com autorização prévia da Câmara e do Senado. Sem maioria absoluta nas duas casas não sustenta nem o estado de defesa.
Quase 43 anos
A atriz Carolina Dieckmann fará 43 anos amanhã e para falar da data ela postou em suas redes sociais uma foto sem maquiagem, que lhe rendeu uma chuva de elogios. Junto com a foto a legenda:
“Essa semana faço 43 anos. E perto de virar um ciclo, a cabeça fica atenta: quem sou eu? Quem está de mãos dadas? Quem, além de tudo, eu quero ser e quero por perto”.
Ativa nas redes sociais ela outro dia também dedicou uma poesia para sua mãe que faleceu há dois anos.
Comemorando 28 anos de carreira e morando nos Estados Unidos diz que agora estuda muito bem as propostas que recebe para eventuais trabalhos no Brasil e fora dele.
DEM-PSL
Se não surgirem trovoadas pelo caminho, no próximo dia 21 de setembro, será anunciada a fusão do DEM com o PSL. Com quase 90 deputados, a nova legenda será titular da maior fatia de fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022 e estreia com três-pré-candidatos à Presidência:
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, Luiz Henrique Mandetta (ex-ministro da Saúde) e José Luiz Datena, que trocou o MDB pelo PSL. Detalhe: o PSL abre mão do comando.
Sem máscaras
O ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, tem sido pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro, para que o uso de máscara deixe de ser obrigatório.
Queiroga informou que dependendo da situação epidemiológica poderá decretar o fim da obrigatoriedade do uso da máscara ao ar livre em novembro. Mas ressalta que será somente em locais abertos como parques.
O último boletim da Pasta informou que a média móvel de casos da covid-19 é de 15.336, sendo o menor número desde o início da primeira onda da pandemia, em 20 de maio do ano passado.
Nova estatal
A nova estatal ENBpar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional) que acaba de ser criada para controlar outras duas, Itaipu e Eletronuclear, teria outro objetivo: usar o caixa da estatal binacional para investimentos na próxima geração de energia nuclear.
A princípio, a nova estatal é desnecessária: os conselhos de administração das outras duas são nomeados pelo governo para definir políticas e estratégias.
RELAXAMENTO
Entidades como a Associação Brasileira de Proteína Animal e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne estão reivindicando aos Ministérios da Agricultura e da Saúde o relaxamento das regras sanitárias impostas aos frigoríficos durante a pandemia.
Alegam que os custos excessivos, notadamente com o rodizio no transportes de trabalhadores, não fazem mais sentido com o avanço da vacinação.
Decepcionados
A base bolsonarista ficou perplexa com o recuo de Bolsonaro nas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, segundo analistas, só tem paralelo na crise da saída de Sérgio Moro.
Aliados disseram que a política precisava baixar sob o risco de inviabilizar o governo. Mas a militância se decepciona do mesmo jeito que em ocasiões anteriores como a aliança do Centrão e a nomeação de Kássio Nunes para o STF.
A propósito da novela: pelo telefone, Bolsonaro passou direto para a leitura da carta a Alexandre de Moraes. Não pediu desculpas.
OS MELHORES
Durante o lançamento do programa de financiamento habitacional para profissionais de segurança pública, o Habite Seguro, o presidente Jair Bolsonaro mostrou-se pacifico.
Não citou a manifestação de 7 de Setembro e não atacou os ministros do STF. Parecia até fugir do assunto e procurou enaltecer seus ministros, falando que todos são competentes e honestos e acusou os governos anteriores de serem corruptos.
“Duvido quem aponte um grupo de ministros melhor do que nós temos nesse momento. Além da capacidade técnica de cada um, todos têm a liberdade para poder trabalhar”.
Estremecidas
Vão mal as relações entre a Camargo Correa e o governo da Colômbia. Autoridades locais pressionam o consórcio CCCC Ituango, liderado pela empreiteira brasileira, a concluir as obras de construção da hidrelétrica Ituango até 2023.
A estatal colombiana Empresas Públicas de Medelin processa o consórcio por suposto superfaturamento nas obras. Por sua vez, a CCCC Ituango, da qual a Camargo tem 55%, culpa a EPM pelos atrasos na construção da usina.
“Carreira brilhante”
Há dias, a TV Brasil, emissora pública, dedicou um programa inteiro às opiniões do general Augusto Heleno sobre o dia da Independência.
O entrevistador exaltou a “carreira brilhante” do general e depois, estendeu elogios ao Capitão, que foi expulso do Exército porque programava uma explosão em busca de melhores salários.
No fim do programa, Heleno contou que desfila no 7 de Setembro desde os 13 anos, “sempre com muita emoção”. Esqueceu-se de lembrar os tempos em que foi ajudante de ordens do famoso general Silvio Frota, conspirador demitido pelo general Geisel.
ESTREIA LÁ FORA
O documentário sobre a ascensão de Bolsonaro à presidência do Brasil produzido pelo cineasta pernambucano Josias Teófilo terá estreia internacional em Washington, nos Estados Unidos, em novembro, com o nome The Brazilian Revolution.
A sessão será organizada por Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca no governo Trump.
Haverá convidados especiais na plateia e depois será exibido em outras cidades americanas, sempre com uma única apresentação. Teófilo não conseguiu uma estreia no Brasil, a não ser para pequenas plateias.
MISTURA FINA
- NA manifestação do dia 12, chamado de “nem-nem” e com resultados decepcionantes, Michel Temer ficou contente por receber a glória de ter sido o “pacificador” da batalha entre Bolsonaro e o STF. Diversas pessoas carregavam cartazes onde se lia “Michel Temer Presidente – 2022”.
- DEPOIS da carta-recuo, que ninguém espere modificações, Bolsonaro não vai mudar e Alexandre de Moraes não vai renunciar. Arthur Lira, presidente da Câmara, não está considerando, por enquanto, a solução via impeachment. E até ao PT de Lula não interessa o impeachment. Ou seja: segundo analistas mais lúcidos, fora alguns tremores, não vai acontecer nada.
- O PRÓPRIO líder do Senado, Fernando Bezerra, já está testando entre seus colegas o nome de Augusto Aras para o STF. Ninguém leva muita fé na aprovação de André Mendonça, apadrinhado de Jair Bolsonaro.
- ASSESSORES do presidente Bolsonaro estão articulando um encontro (poderá ser um jantar) com empresários apoiadores do Chefe do Governo – os de sempre, Mayer Nigri (Tecnisa), Rubens Menin (MRV) e Washington Cinel (Gogil). Seria uma forma de mostrar proximidade após os seguidos manifestos lançados pelo empresariado.
- A CONVERSA entre Paulo Guedes e a ministra do Uruguai, Azucena Arbeleche, há dias, ainda repercute nos meios diplomáticos. Guedes passou toda a reunião estimulando o acordo bilateral entre o Uruguai e a China, na contramão do que prega o Itamaraty. Se é contra o Mercosul, o ministro está a favor.
- ALEXANDRE Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde e médico, tem outra versão dos últimos acontecimentos políticos: “Deram uma dipirona para acalmar o mercado, mas não curou a infecção. A dipirona abaixa a febre, mas a infecção continua lá. Se não extirpar, vira septicemia e a democracia morre”.
- O PIF, fundo soberano da Arábia Saudita, tem enviado sinais ao Ministério da Agricultura do seu interesse em comprar terras no país, para produção de soja. Trata-se do mesmo fundo que, em 2019, prometeu investir US$ 10 bilhões em infraestrutura no Brasil e até agora não apareceu um tostão.
- EM 2018, a União enterrou R$ 24,1 bilhões (0,34% do PIB) nas lixeiras das estatais. Em 2020, enterrou R$ 46,9 bilhões (0,63% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 85,29%. É como caminhar para o abismo de olhos fechados.







