A grande incógnita sobre o mercado do boi é quando e em qual patamar os preços devem estabilizar. A menor disponibilidade de produtos é evidente, soma-se a isso a maior retenção de fêmeas para recomposição de rebanho.
As boas chuvas deste período também favorecem a retenção do boi no pasto, levando o pecuarista a comercializar com cautela.
Entretanto, os valores em dólar estão em patamares elevados, prejudicando as exportações, que já sofreram em janeiro uma redução de 17% em relação a dezembro.
Esses fatores levam a uma previsão de equilíbrio a curto prazo, com uma estabilização da arroba acima dos U$ 52,00, já que os patamares internacionais também se mantém elevados. O fator China e Peste Suína deverão continuar a influenciar o mercado a longo prazo,além dos elevados preços do bezerro, que dificultam a boa reposição.
Com uma área plantada de cerca de 38,26 milhões de ha, 3,6% superior à safra anterior, as previsões de colheita da soja, segundo a CONAB, são de cerca de 133,8 milhões de toneladas. Embora com problemas de estiagem em algumas regiões no plantio e agora excesso de chuvas na colheita, a produção ainda será de cerca de 7,2% maior, indicando bom ganho na produtividade média, estimada em 3.497 Kg/ha.
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Com mercado internacional aquecido pelos baixos estoques mundiais e cerca de 60% da safra comecializada antecipadamente, esse aumento de produção deverá impactar pouco nos preços desta safra.
O mercado do milho continua demandado e aquecido, o que deve perdurar pelo menos até junho, quando será colhida a chamada safrinha, que ao contrário do que a palavra indica, é muito maior que a safra de verão colhida agora, que representa cerca de apenas 20% da produção anual no Brasil.
Os estoques internacionais baixos devem influenciar a manutenção de patamares elevados de preços e provocar um aumento na área plantada de milho safrinha. Estimativas preveem um aumento superior a 6% nestas áreas.
Viva o Agro Brasileiro!
Análise de mercado na semana
Gado Gordo
A arroba do boi encerou a semana com o Indicador ESALQ/BM&F/BOVESPA a R$ 303,00(U$ 56,02), subindo na semana +0,43% em R$ e +0,57% em U$.
No MS a arroba do boi fechou a semana comercializada a R$ 290,00 (U$ 54,00), subindo na semana +0,69% em R$ e +0,87% em U$. A arroba da vaca fechou a R$ 273,00 (U$ 50,92), retraindo nasemana -0,36% em R$ e -0,17% em U$. O deságio em relação ao boi aumentou para -5,86%, mas ainda muito longe do usual para este período do ano, reflexo da retenção de fêmeas.Para a novilha os negócios continuam sendo realizados até a R$ 280,00 (U$ 52,14).
Reposição
Os resultados dos leilões divulgados pelo Whats Agro nas praças de MS oscilaram para baixo, com preços do kg vivo do bezerro entre R$ 13,90 e R$ 14,10 (U$2,62). A bezerra, com valorização na semana, foi comercializada em torno de R$ 12,70 (U$ 2,2,36) o Kg vivo.
A reposição continua apertada, mas melhorou um pouco e na sexta-feira um boi gordo (18@) comprava 1,85 bezerros. Já para fêmeas a reposição piorou, uma vaca gorda(13@) comprava 1,55 bezerras.
Soja
O Indicador CEPEA para a soja fechou em queda, a U$ 30,82 na sexta-feira, R$ 165,73. Nas 6 praças acompanhadas pelo Whats Agro no MS, alcançou valor máximo de R$ 154,00 (U$ 28,67) recuando -2,53% em R$ e -2,32% em U$ . A menor cotação entre as praças foi de R$ 152,00 (U$ 28,30). A pouca diferença entre máxima e mínima indicam tendência de estabilidade.
Milho
O Indicador ESALQ/BM&F/BOVESPA para o milho fechou na sexta-feira a R$ 83,40 (U$ 15,37), subindo na semana +0,75% em R$ e +0,91% em U$. Nas 6 praças acompanhadas pelo Whats Agro o grão foi comercializado a R$ 72,00 (U$ 13,40) valorizando +1,4% em R$ e +1,65% em U$,confirmando a previsão de alta registrada na semana passada. Como continua sem variações entre máxima e mínima, deve manter essa tendência de alta.




