A Fifa já definiu que a sede da Copa do Mundo de Futebol feminino será o Brasil em 2027. Uma oportunidade de ouro para que Mato Grosso do Sul se candidate a sediar uma das chaves desse importante evento. Até porque o Morenão está inativo e sem perspectivas de eventos que possam utilizá-lo. Os irmãos do estado vizinho saíram na frente na última Copa do Mundo realizada aqui. Portanto, o governo estadual e a administração municipal devem, desde já, mobilizar-se no sentido de garantir que a população tenha o privilégio de assistir a alguns jogos desta Copa do Mundo
Infelizmente, o futebol há muitos anos deixou de ser o esporte das multidões em nosso Estado. Outrora, os torcedores de Operário e Comercial lotavam alegremente o Estádio Pedro Pedrossian para assistir aos jogos do Campeonato Estadual e também do Campeonato Brasileiro. Era uma linda festa, que movimentava toda a Cidade Morena e também recebia os torcedores das cidades vizinhas amantes do futebol. Portanto, teremos todo o ano de 2025 e 2026 para preparar o Morenão e, tão importante quanto ele, a rede hoteleira da Capital e das cidades próximas.
A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul deve começar, desde já, a “esquentar as chuteiras”, conversando com os chefes do Poder Executivo estadual e municipal, que, de imediato, deveriam mobilizar seus secretários da área de Esportes para reuniões voltadas à elaboração de um plano de trabalho. Esse plano deverá envolver todos os segmentos econômicos para alavancar o projeto. Trata-se de um programa que deve ser transformado em planejamento e, aos poucos, consolidado.
Para a economia da Capital, seria um grande impacto positivo. A cidade terá tempo suficiente para identificar quais melhorias deveriam ser providenciadas, como a mobilidade urbana, por exemplo, sem esquecer que a ferrovia poderia desempenhar um papel importantíssimo na fomentação do turismo. Enfim, um evento dessa envergadura poderá se transformar em um fator capaz de impulsionar a economia da Capital, bem como a dos municípios com vocação turística.
A partir do momento em que os chefes do Poder Executivo estadual e municipal decidirem por um projeto como esse, certamente a população também estará estimulada e empolgada a participar. As lideranças dos segmentos econômicos e sociais serão convidadas a integrar essa iniciativa, que poderá transformar o nosso comportamento: deixaremos de ser meros espectadores para nos tornarmos participantes ativos, no papel que nos couber, visando alcançar o objetivo comum. Será a união entre governo e povo.
Senhores leitores, vamos dormir no ano velho com essa ideia na cabeça e acordar no ano novo com a ideia de realização. Sempre com aquela velha máxima: “sonhar não custa nada, e quem não sonha, não realiza”. Mas o ideal seria o empenho da classe política para a concretização desse projeto. Eles sabem que em Brasília há recursos disponíveis. Basta deixar a timidez ou o orgulho de lado, mostrar a cara e trabalhar.