Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Culpa da facada"

Gilson Machado, ex-ministro, sobre mal-estar de Bolsonaro, alvo de atentado em 2018

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Janones pode ser preso se ignorar medida protetiva

O deputado André Janones (Avante-MG) está sujeito a prisão em flagrante, caso desrespeite a medidas protetiva da Justiça, a pedido da prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, com quem manteve relação por quatro anos. Janones é acusado de ameaçar e chantagear a prefeita para retomar a relação, que ela rompeu, e restabelecer sua influência na gestão municipal. O deputado foi denunciado por ameaças, inclusive de divulgar imagens íntimas dos tempos de relacionamento do casal.

 

Perigo ambulante

Janones está obrigado a manter distância mínima de 300 metros da prefeita Leandra Guedes e não pode frequentar os mesmos lugares.

 

Imunidade não salva

O desrespeito a medida protetiva motiva prisão em flagrante, de acordo com a Lei Maria da Penha, apesar do instituto da imunidade parlamentar.

 

Violência iminente

Ao impor a medida protetiva, a Justiça de Minas atribuiu a Janones “possível violência psicológica e social” contra a ex-companheira.

 

Esquerda fica muda

Como no caso do ex-ministro assediador de Lula, políticos e mulheres da atrasada esquerda brasileira silenciam vergonhosamente sobre o tema.

 

Eldorado: TRF-3 impõe nova derrota aos Batista Cabe ao juiz Roberto Pollini, da 1ª Vara Federal de Três Lagoas (MS) decidir se cassa ou mantém a liminar do desembargador Rogério Favreto (TRF-4), ligado a Lula (PT), que favorece os irmãos Joesley e Wesley Batista e impede a transferência do controle acionário da Eldorado Brasil Celulose para a Paper Excellence, que o adquiriu. O desembargador Carlos Francisco, do TRF-3, manteve o entendimento de que cabe inicialmente à primeira instância se manifestar sobre os pleitos da Paper.

 

Supressão de instância

Carlos Francisco alertou para o risco de “supressão de instância”, e lembrou que o STJ concluiu pela competência da Vara de Três Lagoas.

 

Subterfúgio maroto

A decisão se refere a ações que tentam cancelar o negócio, usando como subterfúgio a legislação sobre “venda de terras para estrangeiro”.

 

Comprou e pagou

O caso envolve a J&F, dos Batista, e a Paper, que adquiriu o complexo industrial de Três Lagoas em 2017, e não consegue assumir a empresa.

 

Nós pagamos

A Transparência revela as despesas do governo Lula (PT) com cartões corporativos, até abril: R$26,6 milhões, dos quais quase R$6 milhões estão na conta de apenas 26 cartões da Presidência da República.

 

Governadora elogiada

Petistas e bolsonaristas como o ex-ministro Gilson Machado elogiaram a governadora Fátima Bezerra (PT), que cedeu helicóptero da Segurança para levar Bolsonaro ao hospital, onde foi recebido aos gritos de “mito”.

 

Raro consenso

O presidente-tampão do PT, Humberto Costa (PE), e bolsonaristas foram às redes celebrar o Samu, após o ex-presidente ser socorrido por ambulância do serviço de emergência.

 

Socialista coadjuvante

O senador Cid Gomes, em fim de mandato, ainda ensaia candidatura para voltar ao governo cearense, mas o seu PSB está fechado com o PT do atual governador Elmano Freitas e do ministro Camilo Santana.

 

Tudo ao contrário

Após a inflação atingir 5,48% nos últimos doze meses, o juiz Marcelo Brêtas, ex-Lava Jato no Rio de Janeiro, ironizou: “A inflação disparou! Alguém dirá: ‘veja como isso pode ser bom’”.

 

Isso já foi misoginia

“Gafe” entrou nos assuntos do dia no X, após manchetes amigas não chamarem de “machismo” fala misógina de Lula sobre Kristalina Georgieva, do FMI, que o petista chamou de “mulherzinha”. Bolsonaro foi acusado de “atacar mulheres” até quando elogiava suas ministras.

 

Executivo legislador

Entre as 61 propostas (projetos de lei, resolução, decretos legislativos, lei complementar etc.) aprovadas pela Câmara em 2025, cinco são decorrentes de medidas provisórias do governo Lula.

 

E a conta?

Os Poderes entraram em acordo, o Orçamento 2025 foi aprovado, o STF autorizou o pagamento, mas até agora a Transparência não registra um centavo sequer pago pelo governo Lula em emendas parlamentares.

 

Pensando bem...

...já “greve de salário” ninguém quer fazer na Câmara.

 

PODER SEM PUDOR

Palavra de sequestrador

Convidado certa vez pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o aspone de Lula (PT), Marco Aurélio Garcia, o “top-top”, tentava explicar por que o governo não considera terroristas os narcoguerrilheiros colombianos das Farc. O tucano Luiz Carlos Hauly (PR) provocou: “são bandidos, sequestradores e traficantes”. O deputado Fernando Gabeira (RJ) pediu um aparte: “Preciso ouvir o que pensa o convidado sobre o que disse o deputado Hauly. Se ele disser que não fala com seqüestrador, tenho que ir embora.” Todos caíram na gargalhada: é que Gabeira participou do grupo que sequestrou o embaixador americano, durante o regime militar.

EDITORIAL

Santa Casa da Capital: crise sem fim

O orçamento da Santa Casa é gigantesco. São centenas de milhões de reais que transitam todos os anos pelas mãos da administração hospitalar e do poder público municipal

29/04/2025 07h15

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A situação da Santa Casa de Campo Grande mais uma vez ganha as manchetes, repetindo um enredo que parece nunca ter fim. Diante de novas dificuldades financeiras, a instituição viu-se obrigada a paralisar suas cirurgias eletivas por nove meses, impondo sofrimento a milhares de pacientes que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, com um novo socorro financeiro, tardio como de costume, o hospital anuncia a retomada gradual desses procedimentos.

É preciso refletir: será essa a última crise? A história recente mostra que a resposta é negativa. A Santa Casa, a maior instituição hospitalar do Estado, vive em um ciclo de colapsos sucessivos que deixam evidente um problema estrutural: é uma fundação privada, mas depende fortemente de recursos públicos. Esse modelo híbrido, que mistura autonomia administrativa e financiamento estatal, cobra um preço alto, especialmente quando não há eficiência na gestão nem rigor no cumprimento dos repasses.

O orçamento da Santa Casa é gigantesco. São centenas de milhões de reais que transitam todos os anos pelas mãos da administração hospitalar e do poder público municipal, gestor pleno dos recursos federais destinados ao SUS. Mesmo operando no vermelho, o volume de dinheiro movimentado é expressivo e exige um grau de responsabilidade e transparência que, infelizmente, nem sempre se vê.

O socorro agora aprovado é um alívio momentâneo, mas é, na essência, uma solução paliativa. Serve para apagar o incêndio de hoje, mas não evita que novos focos surjam amanhã. Sem mudanças estruturais, a próxima crise é apenas questão de tempo. A Santa Casa precisa mais do que aportes emergenciais: necessita de uma revisão profunda em seu modelo de gestão, em seus contratos, em suas práticas administrativas.

A verdadeira solução passa, em primeiro lugar, por mais transparência nos gastos. A sociedade tem o direito de saber como cada centavo é aplicado dentro do hospital. Passa, também, por mais eficiência administrativa, com processos claros, custos controlados e metas de desempenho bem definidas. E, claro, pela responsabilidade do gestor público, no caso o município de Campo Grande, que não pode – em hipótese alguma – atrasar os repasses e agravar ainda mais o quadro financeiro da instituição.

É inadmissível que, no século 21, um hospital do porte da Santa Casa esteja sujeito a oscilações orçamentárias tão graves e frequentes. Pacientes ficam no limbo, profissionais de saúde trabalham sob pressão e a saúde pública, como um todo, sofre com a imprevisibilidade. A Santa Casa é um patrimônio da população sul-mato-grossense e deve ser tratada como tal: com seriedade, planejamento e responsabilidade.

O desafio está posto. Ou se rompe o ciclo de improviso e emergência, ou continuaremos reféns de uma crise sem fim, que só mina ainda mais a confiança na capacidade de gestão da nossa saúde pública. É hora de agir com visão de futuro – antes que a próxima crise se anuncie.

CLÁUDIO HUMBERTO

"O INSS não é botequim da esquina"

Ministro Carlos Lupi (Previdência) tentando explicar o inexplicável roubo no INSS

29/04/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Afano no INSS enterra volta do imposto sindical

O envolvimento de sindicatos no esquema que surrupiou mais de R$6 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS fez o governo frear as costuras para tentar ressuscitar o imposto sindical, sonho do ministro Luiz Marinho (Trabalho). Dentro do governo e da oposição, há a certeza de que o projeto não avança, “é um projeto de poder, de financiamento de aliados e de perpetuação desse esquema que beneficia poucos e prejudica milhões”, disse à coluna o deputado Evair de Melo (PP-ES).

 

Cabresto sindical

“Vamos trabalhar para enterrar de vez essa tentativa absurda de meter a mão no bolso do trabalhador”, diz Evair ao rejeitar o “cabresto sindical”.

 

Fim da democracia

Na mesma linha segue o deputado Osmar Terra (MDB-RS), que chama a contribuição obrigatória de escandalosa e antidemocrática.

 

Projeto terceirizado

O governo ensaiou apoiar uma proposta do deputado Luiz Gastão (PSD-CE). O plano era apresentar o projeto ainda neste semestre.

 

Tamanho do butim

Estudos que circulam entre deputados apontam que, uma vez vigorando, o imposto pode gerar renda na casa dos R$4 bilhões aos sindicatos.

 

Mariana: escritório britânico dá sinais de agonia

O escritório britânico de advocacia Pogust Goodhead (PG) faz de tudo para não perder mais clientes nas ações contra Vale e BHP na Europa. É que termina no fim de maio o prazo para que as pessoas físicas afetadas pela tragédia de Mariana façam opção pelo acordo no Brasil. Entre as cidades afetadas, 26 abandonaram as ações do PG. Quando os clientes abandonam o processo no exterior, cai o faturamento do PG na causa. E agrava mais a situação financeira do escritório, já à beira do abismo.

 

Faltando fôlego

O balanço de 2022 do PG, publicado em abril, com 18 meses de atraso, revelam dívida de curto prazo superior a 500 milhões de libras (R$3,8 bi).

 

Incerteza material

Enquanto se aguarda o balanço de 2023 desde setembro, auditores sinalizaram “incerteza material” sobre o fôlego do negócio para funcionar.

 

Com bolso forrado

Em meio demissões em Londres e no Brasil, a banca britânica é acusada de haver embolsado adiantamento de 4,24 milhões de libras (R$31,2 mi).

 

Motivação eleitoral

Novo patrocinador da CBF, a Jordan (marca da Nike) estréia mudando a cor da camisa da Seleção para vermelho, na Copa de 2026, em plena campanha eleitoral presidencial. Grave não é os lacradores da Nike fazerem a presepada, é a CBF vender o uso eleitoral da ex-canarinha.

 

Bandeira será vermelha

A mudança na cor da Seleção debocha da máxima conservadora de que “a bandeira do Brasil jamais será vermelha”. Parece que é esse o plano, a começar pelo enterro da camisa mais respeitada do futebol mundial.

 

Jane do Clezão

O STF o deixou morrer na Papuda, mas Clezão parece destinado a viver na memória da cidade. Já circula nos carros de Brasília o adesivo “Jane do Clezão”, referência à pré-candidatura da viúva, em 2026.

 

Auxiliar diligente

A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de protelar o projeto da isenção do Imposto de Renda foi interpretada por deputados como mais uma obediência a Lula: o governo não tem como bancar a promessa de campanha, nem o desgaste eventual por admitir o rombo nas contas.

 

EUA nos Brics

Apesar de não participar do encontro dos ministros do grupo dos Brics, que se realiza no Rio de Janeiro, esta semana, os Estados Unidos (e as tarifas de Donald Trump) dominam todas as mesas de discussões.

 

Passaporte

Taxadd viaja de novo, agora aos EUA e México, na sexta (2). Diz que vai atrás de investimentos. Ficará flanando até quarta (7), chega na quinta e, como petista não é de ferro, expediente garantido só na segunda (12).

 

 

Que escândalo?

Enquanto a PF colocava na rua o escândalo da gatunagem no INSS, Lula estava com os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social) definindo participação nos atos de 1º de Maio.

 

Encontro fortuito

Após o funeral do Papa, onde não se encontraram, os presidentes Trump e Lula podem se cruzar ainda este ano na 10ª Cúpula das Américas, da OEA, marcada para outubro, em Punta Cana, República Dominicana.

 

Responda rápido
Você compraria um carro usado de Carlos Lupi, ministro da Previdência?

 

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Presidente muito doido

Eleito presidente, Jânio Quadros viajou à Europa no navio Aragon, acompanhado da mulher e da mãe. João Dantas, diretor do Diário de Notícias, do Rio, mandou o mestre Joel Silveira, seu melhor repórter, cobrir o passeio que seria relatado depois no seu livro “Viagem com o Presidente Eleito” (Mauad, Rio, 1996). A bordo, Joel ficou chocado com o “tom frio, isento” do presidente meio maluco, ao apresentar a própria mãe: “E esta é D. Leonor, minha mãe. Está com câncer já adiantado, irreversível. Tem talvez mais uns poucos anos de vida.”

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