Colunistas

Cláudio Humberto

"Depois da empreitada contra o X, lá vamos nós contra a Meta"

Fabio Wajngarten, ex-Secom, critica ofensiva do governo Lula contra redes sociais

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Mudança de Alckmin para Defesa não anima o PSB 

O PSB não se animou com a sondagem do nome do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para uma eventual substituição de Mucio Monteiro no Ministério da Defesa. O partido tem outros planos para Alckmin e vê que a troca de ministério, Alckmin hoje chefia a pasta de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, mais atrapalha do que ajuda o plano eleitoral para o próximo ano. O vice não fala em recusar, caso haja convite, mas se depender do partido, fica tudo como está.

Prejuízo

A avaliação interna dos socialistas é de que o ministério não tem “louros” este ano, pelo contrário, só desgaste político.

Bomba suprema

Militares das Forças Armadas devem sem implicados no inquérito que apura suposto golpe militar, a ser julgado este ano no Supremo.

Desgaste na caserna

Há ainda outro desgaste com os milicos e com o eleitorado: a mudança proposta pelo governo que retarda a aposentadoria dos militares.

2026 tá aí

As pautas espinhosas, que fatalmente serão enfrentadas este ano, complicam a ideia de Alckmin disputar o governo ou o Senado por SP.

Ministros petistas lideram em despachos com Lula

A reclamação de aliados de Lula, que se queixam do distanciamento do petista, pode ser verificada na agenda oficial do presidente de 2024. Dos 10 ministros com mais despachos privados com Lula, seis são petistas e quatro não tem filiação partidária. Quem mais teve acesso reservado ao presidente foi o ministro Rui Costa (Casa Civil), 22 despachos. É seguido por outro petista, Alexandre Padilha (Relações Institucionais), 15 vezes.

Mais petistas

A lista segue com Camilo Santana (Educação), que teve 12 encontros, e Fernando Haddad (Fazenda), com número igual de despachos.

Lista

Sem partido, Mauro Vieira (Relações Exteriores) também teve 12 reuniões com o chefe. Com o demitido Paulo Pimenta (Secom), foram 11.

Fim da fila

É tanta gente que houve ministro que nem mesmo foi recebido, como o general Marcos Amaro (GSI). Outros 13 foram recebidos só uma vez.

Encrenca petista

É péssimo o clima entre a cúpula do PT e o vice-presidente do partido, Washington Quaquá (RJ). Defesa de Quaquá aos irmãos Brazão, presos pela morte da vereadora Marielle Franco, azedou a relação dos petistas.

Golpe do pix

Criminosos, sempre na vanguarda, já aplicam novo golpe de taxa sobre PIX. A bandidagem envia mensagens cobrando taxa pela transação acima de R$5 mil sob pena de bloqueio do CPF. A Receita avisa: é golpe!

Para lembrar

“Aos ainda desavisados, todos na Venezuela vivem na miséria e repressão ditatorial do amigão do Lula”, lembra o ex-presidente Jair Bolsonaro ao citar impedimento de mencionar elo de Lula com o ditador.

Dragão

Das cidades pesquisadas pelo IBGE, Salvador (BA) teve a maior inflação em dezembro, 0,89%. A menor variação foi em Belo Horizonte (MG), 0,25%. No acumulado do ano, a maior alta foi em São Luís (MA), 6,51%.

Muleta

O clima, sempre ele, virou muleta para mais uma do governo Lula: alta da inflação, que estourou o teto da meta e fechou 2024 em 4,83%. O ministro Rui Costa (Casa Civil) culpou “eventos climáticos”. Arram...

Nome ideal

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), defende união de centro-direita para as eleições de 2026 e cita um nome ideal para a Presidência da República: o governador Tarcísio de Freitas (Rep-SP).

Veto na mira

A oposição já se articula para derrubar o veto de Lula ao pagamento de pensão para crianças com microcefalia. “Por que não cortou o auxílio-reclusão para bandidos?”, questiona a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP).

Filme queimado

Pegou mal a decisão do governo Lula de mandar representante para a posse fake do ditador da Venezuela Nicolás Maduro. O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) classificou o ato como afronta à democracia.

Pergunta no Planalto

As trocas de ministros do Lula têm o aval da Janja?

PODER SEM PUDOR

1   E a mae

É a mãe!

O jornalista Murilo Melo Filho acompanhava os debates no Senado, que iam num crescente perigoso. E assistiu quando, chamado certa vez de “rebotalho da ditadura”, o senador Victorino Freire reagiu ao orador:
- Rebotalho da ditadura é a égua da sua mãe!
Foi advertido pelo presidente, Senador Mello Vianna, que lhe solicitou retirar as violentas expressões. E Vitorino:
- Não retiro coisa nenhuma. Sempre que esse sujeito me insultar, trarei a mãe dele para o plenário, pois não ponho diamante em tromba de porco!
 

ARTIGOS

A constitucionalidade do trabalho intermitente

10/01/2025 07h45

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Passados sete anos desde o início da vigência da reforma trabalhista no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, em dezembro do ano passado, a constitucionalidade da modalidade de contrato de trabalho intermitente, prática sempre defendida pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

Prevaleceu o entendimento do relator, ministro Nunes Marques, de que o contrato de trabalho intermitente não suprime direitos trabalhistas e nem fragiliza as relações de emprego. Segundo ele, essa modalidade de contratação oferece proteção, especialmente aos trabalhadores que estejam na informalidade.

O contrato intermitente tem como principal característica a prestação de serviços pelo empregado à empresa de forma não contínua, com uma alternância entre períodos de atividade e de inatividade: o empregado é convocado pelo empregador somente quando as suas atividades são necessárias ao negócio.

Entre os principais fundamentos defendidos pelo IDV, o trabalho intermitente é um instrumento jurídico válido para abrir novas possibilidades ao trabalhador, tem o escopo de proteção social a uma parcela de trabalhadores informais e ajuda a reduzir o desemprego, modernizando as relações trabalhistas, sem privação dos direitos constitucionalmente assegurados e mantendo condições de negociação mais vantajosas para empregados e empregadores.

O trabalho intermitente é regido pela Lei nº 13.467/2017 e, mesmo essa decisão do STF trazendo importante segurança jurídica para empregados e empregadores nos mais variados segmentos, o contrato intermitente ainda carece de aperfeiçoamentos e análise estratégica para sua adoção, a exemplo da discussão acerca da inclusão do empregado intermitente na base de cálculo para as cotas de aprendizagem e de pessoa com deficiência (PCD).

Por conta da flexibilidade oferecida por esse modelo, os profissionais podem diversificar suas vagas de trabalho em diferentes empresas, simultaneamente e de maneira legal, ajustando sua vida pessoal à profissional, de acordo com sua conveniência. Além disso, seus direitos trabalhistas são mantidos e garantidos por lei, tais como remuneração justa e adequada, férias proporcionais com acréscimo de um terço, 13º salário proporcional, descanso semanal remunerado, adicionais legais, FGTS e INSS.

Para o empregador, o trabalho intermitente oferece maior flexibilidade nas contratações de funcionários, ajustando-se às demandas e às necessidades da empresa. Dessa forma, é possível convocar os colaboradores intermitentes apenas por algumas horas, dias, semanas ou meses.

A necessidade sempre será pela demanda da empresa pela prestação de determinados serviços. Outra vantagem é a diversificação do quadro de funcionários, que poderá reunir pessoas com diferentes experiências.

Os benefícios do trabalho intermitente também levam em consideração a sazonalidade de produtos e serviços, possibilitando a convocação de pessoas para suprir e ampliar as demandas por atendimento. O trabalho intermitente é uma solução econômica, pois os custos só são gerados quando há demanda por serviços. Além disso, as empresas podem contar com profissionais experientes sem precisar arcar com um contrato de tempo integral.

Os principais desafios do varejo estão em entender as diversas gerações de clientes e seus hábitos, ter a oferta certa e utilizar as ferramentas adequadas para efetuar as vendas, e o trabalho intermitente vai justamente ao encontro dessas demandas.

ARTIGOS

Carteira de motorista, uma identidade nacional

10/01/2025 07h30

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No Brasil, o automóvel é muito mais do que um meio de transporte. Ele é sonho, conquista, status, independência e, não raro, um membro não oficial da família. Essa relação visceral entre o brasileiro e o carro ultrapassa o aspecto prático.

Adquirir um veículo, para muitos, é cruzar a linha simbólica entre o antes e o depois, uma transição quase ritualística que traduz o desejo de mobilidade, mas também de pertencimento e realização.

A paixão pelo carro no Brasil tem raízes profundas, que misturam história, cultura e economia. Nos anos de crescimento econômico do século 20, o automóvel era a promessa de modernidade, um símbolo de progresso que chegou a ser exaltado nas propagandas da época.

A construção de rodovias, como a Brasília-Belém ou a Via Dutra, consolidou a imagem do carro como veículo de integração nacional. Mas o que parecia ser uma revolução logística logo transcendeu seu propósito funcional e ganhou o coração do brasileiro como uma extensão da própria identidade.

A verdade é que o carro fala muito sobre quem somos ou quem gostaríamos de ser. Um sedã robusto, um SUV imponente ou até mesmo um compacto econômico carregam mensagens sobre estilo de vida, aspirações e prioridades. Para o jovem que adquire seu primeiro veículo popular, o carro não é apenas um motor com rodas. É liberdade, é independência.

Para a família que sobe a serra em um utilitário, o carro se torna um espaço íntimo de conexão, um lugar onde histórias são contadas, músicas são cantadas e memórias são construídas. Há uma poética em cada trajeto, ainda que, por vezes, o trânsito transforme o que poderia ser idílico em um desafio de paciência.

Esse fascínio cultural é, ao mesmo tempo, uma bênção e uma responsabilidade. No Brasil, cada lançamento precisa dialogar com essa psique coletiva que valoriza o design tanto quanto a funcionalidade, que exige robustez para enfrentar estradas esburacadas, mas também deseja um toque de sofisticação para transitar pelos centros urbanos.

O brasileiro quer tecnologia, conforto e economia, mas também quer que o carro tenha uma personalidade quase tangível, que converse com seu dono em um idioma silencioso, feito de potência, acabamento e presença.

Ao mesmo tempo, há peculiaridades fascinantes no mercado. O financiamento de longo prazo, por exemplo, permite que pessoas de classes econômicas variadas alcancem o sonho de ter seu carro próprio, ainda que isso signifique compromissos financeiros extensos.

Há também o carinho pela personalização, que transforma carros em verdadeiros reflexos de seus proprietários. Seja um adesivo no vidro, um sistema de som potente ou uma pintura vibrante, o brasileiro tem um talento especial para dar alma a uma máquina.

E é justamente por entender a profundidade dessa relação que precisamos nos adaptar a um consumidor que está, sim, mudando. O brasileiro de hoje está mais consciente sobre sustentabilidade, preocupado com eficiência energética e atento ao impacto ambiental de suas escolhas. Modelos híbridos e elétricos já começam a ganhar espaço, mas não é suficiente apenas lançá-los.

É preciso trazer soluções que conversem com a realidade do País, em que a infraestrutura para esses veículos ainda engatinha. Mais uma vez, o desafio não é apenas tecnológico, mas cultural: como transformar o fascínio pelo ronco de um motor potente em uma paixão pelo silêncio elegante de um carro elétrico?

Há também a chegada de uma nova geração ao volante, com valores distintos daqueles que moldaram o mercado até aqui. Jovens que valorizam experiências mais do que posses questionam a centralidade do automóvel, especialmente nas grandes cidades, onde o compartilhamento de veículos e o transporte por aplicativos reconfiguram a ideia de mobilidade.

Mas mesmo esses jovens, que inicialmente podem parecer desinteressados em adquirir um carro, frequentemente mudam de perspectiva quando chegam os filhos, a casa própria ou a necessidade de fazer aquela viagem tão sonhada pelo interior do Brasil. O carro, de alguma forma, acaba entrando em cena.

Afinal, como poderia ser diferente? O carro é ao mesmo tempo um espaço físico e emocional. Ele abriga as conversas solitárias, as confidências entre amigos, as brigas de casal e as reconciliações. Ele é cenário de aventuras e testemunha de rotinas. Quantos amores começaram em uma carona? Quantos recomeços se deram ao cruzar a fronteira de uma cidade ao som da música favorita no rádio? No Brasil, o carro é mais do que um veículo: é um catalisador de histórias, um companheiro silencioso em nossas jornadas.

Por isso, inovar no setor automotivo no Brasil exige respeitar essa relação única e multifacetada. É compreender que o brasileiro não compra apenas um carro, compra sonhos, possibilidades e, muitas vezes, uma extensão do que é.

Entre uma concessionária e outra, cada assinatura de contrato carrega consigo a promessa de liberdade e a realização de um desejo que, mais do que nunca, reflete a essência de quem somos. Afinal, aqui, as estradas não são apenas trajetos – são cenários de uma paixão que nunca sai de moda.

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