Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Indiciado não significa que cometeu um erro"

Lula desqualificando atuação da Polícia Federal que indicou o ministro Jucelino

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Centrão pode emplacar Dr. Luizinho na Saúde

Deputados articulam a substituição da ministra Nísia Trindade (Saúde) pelo colega Dr. Luizinho (PP-RJ), até como forma de “melhorar” a relação da Câmara com o governo Lula (PT), mais perdido que pessoa com deficiência visual em tiroteio. Até abril, Dr. Luizinho foi o líder do maior bloco da Câmara formado pelo seu partido e mais União Brasil, PSDB-Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD. Ele participou das principais derrotas e algumas poucas vitórias de Lula no parlamento.

Seis por meia dúzia

Lula cogitava fazer do trapalhão Alexandre Padilha ministro da Saúde, mas foi advertido que isso o afastaria ainda mais do PP e de Arthur Lira.

Pavimentando caminho

A nomeação de Dr. Luizinho não faria necessariamente do PP e Arthur Lira governistas, mas facilitaria uma aproximação hoje muito prejudicada.

Eleitor é quem manda

O centrão reluta porque, em ano eleitoral, teme ser contaminado pelo desgaste de Lula e não quer desapontar seus eleitores conservadores.

Já vai tarde

A demissão de Nísia seria um alívio no Planalto: sua gestão, muito ruim, é responsável por grande parte do declínio na avaliação do governo Lula.

Rosângela Moro: o bom desse governo é que acaba

A deputada Rosângela Moro (União-SP) faz uma espécie de “jogo do contente” ao avaliar a crise econômica e política do País. Para ela, o lado bom do atual mandato de Lula (PT) “é que tá acabando”. E “não vai durar pra sempre”. A mulher do senador e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União-PR) considera, no entanto, que é preciso o País olhar para frente, durante entrevista ao podcast Diário do Poder. Ela vê “descontentamento generalizado” na Câmara com os métodos e o desempenho do governo.

Governo do tapetão

Ela listou derrotas de Lula, como na reoneração, mas lamenta que o petista não respeite decisões do Congresso, recorrendo sempre ao STF.

Sem conversa

“O governo envia a MP [do fim do mundo] da noite pro dia. Pegou todo mundo de surpresa. Não fez articulação”, diz. A MP acabou devolvida.

Ouvidos moucos

Para Rosângela Moro, o PT finge ser aberto ao diálogo e ao debate, mas nunca os promove, fazendo sempre prevalecer seus interesses.

O tabefe é livre

Um dia depois de Arthur Lira apresentar projeto prevendo punição para deputados arruaceiros, o Conselho de Ética arquivou o caso da agressão de Glauber Braga (Psol-RJ) em Abílio Brunini (PL-MT).

Ilha da fantasia

Especialistas em passar pano, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, foi escalado para plantar que a relação entre Lula e Haddad não foi afetada, apesar do fracasso da MP do Fim do Mundo.

É bom lembrar

O PT de Lula, atualmente em federação com PcdoB e PV, é apenas a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados, atrás de dois blocos do centrão e do PL. Este, sozinho, tem 16 parlamentares a mais.

Preocupação dos jovens

A perda da privacidade é a 2ª maior preocupação (15%) dos estudantes brasileiros com o avanço da inteligência artificial, aponta estudo Preply. Quase empata com a ‘perda de conexão com professores’ (16%).

Sem (mais) furtos

“O parlamento não pode se furtar de fazer o seu trabalho e entender quanto e como seria desviado na operação [da compra de arroz pelo governo Lula]”, defendeu o deputado Mauricio Marcon (Pode-RS).

Influência

Tarcísio de Freitas (Rep) é o melhor cabo eleitoral entre os eleitores de Santos (SP), ao Paraná Pesquisas (SP-07772/2024), 29,9% disseram que “com certeza” votariam na indicação do governador de São Paulo.

Trump avança

Pesquisa Reuters/Ipsos mostra avanço conservador nas eleições dos Estados Unidos. Donald Trump marcou 41% das intenções de voto. Joe Biden ficou para trás, foi escolhido por 39%.

Passos de tartaruga

Faltando seis meses para acabar o ano, a Comissão Mista de Mudanças Climáticas aprovou o “plano de trabalho para 2024”. Única indígena da comissão, a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) nem deu as caras.

Pergunta na Esplanada

Craque do time em rebaixamento é mesmo craque?

PODER SEM PUDOR

Cobras à espreita

Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como a serpentes. No final dos anos 1980, prefeito paulistano, ele foi à casa do deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o presidente nacional do partido, Paiva Muniz. Deparou-se com dois jornalistas, que, claro, logo pediram uma “conversa rápida”. “Ah, são só dois?...” Os repórteres se animaram, mas só até ele completar a frase, às gargalhadas: “...e não dá para um comer o outro, e ficar um só?”

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ARTIGOS

O que podemos aprender com outros países sobre felicidade no trabalho

08/04/2025 07h45

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Somente em agosto de 2024, o Brasil começou a considerar como prioridade a saúde psicológica no ambiente de trabalho. Antes da mudança trazida pela NR-1, não tínhamos exatamente uma norma que classificasse o risco ocupacional, deixando para as companhias a responsabilidade de decidir o que é seguro para o colaborador, abrindo margem para descuido ou possíveis erros nesse tratamento. Segundo pesquisa realizada pela InfoJobs, 86% dos funcionários consideram a saúde mental um fator determinante para escolher trocar de empresa, o que reforça a importância desse assunto. 

Enquanto isso, outros países já estão mais avançados no tema. A Dinamarca, que está entre as nações do mundo que melhor equilibram vida pessoal e profissional, tem como diretriz a confiança nos trabalhadores. A Finlândia, também no ranking, trabalha com a filosofia de work life balance, na qual o ofício faz parte da vida, mas não é a prioridade. Já a Holanda, conhecida por sua cultura de trabalho baseada em produtividade sustentável, mostra que jornadas mais curtas podem aumentar a eficiência e o bem-estar.

Agora no Brasil, a NR-1 vai obrigar as empresas a mapear fatores que possam representar riscos psicossociais em suas estruturas organizacionais e gerenciar soluções que melhoram o ambiente de trabalho. A partir dessa nova diretriz, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) vai passar a implementar planos de ação mais abrangentes, que levam em consideração questões como assédio e violência no trabalho. Mas vale destacar que, para garantir o cumprimento da norma, a alta gestão precisa acompanhar de perto estratégias de áreas como comunicação interna, RH e T&D.

O relatório The Happiness Index, elaborado a partir de dados de 23 mil funcionários de empresas situadas no Brasil, mostrou que o índice nacional de felicidade é de 7,3 – contra 7,6 globalmente. A pesquisa dialoga com uma triste realidade: muitos trabalhadores não se sentem valorizados como indivíduos nem reconhecidos pelas suas conquistas, aspectos centrais da discussão sobre saúde mental, já que esses sentimentos levam ao burnout, à ansiedade e ao estresse. Portanto, é preciso que as companhias foquem na criação de políticas bem estruturadas, como horários flexíveis e incentivo ao bem-estar, que impactem diretamente na satisfação dos colaboradores.

Mas mudar a cultura interna e valores não depende só das novas regras e obrigações da NR-1. Uma pesquisa da Robert Half em parceria com a The School of Life concluiu que 70% da infelicidade está ligada diretamente aos chefes e os maiores agravantes são falta de plano de carreira, de um propósito e relacionamentos tóxicos. Dados como esses precisam servir de alerta para os líderes, que devem repensar sua gestão e a forma como lidam com os seus colaboradores.

Por fim, concluo que os exemplos globais nos mostram que priorizar a felicidade, a saúde e o bem-estar dos colaboradores traz benefícios para todos os lados, além de ajudar na criação de uma sociedade mais equilibrada e sustentável. Já passou da hora das organizações investirem de verdade em ambientes colaborativos, incentivando que os funcionários tenham voz ativa nas decisões estratégicas para que se sintam pertencentes e engajados – fatores fundamentais para a felicidade no trabalho.

ARTIGOS

O Brasil reabre as feridas da guerra, será?

08/04/2025 07h30

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As declarações do atual mandatário paraguaio, Santiago Penha, que apontam que a agência de inteligência brasileira espionou, entre 2022 e 2023, autoridades paraguaias, reacendeu uma ação desnecessária que apontou para as feridas não cicatrizadas da Guerra do Paraguai e de cujas memórias lutamos para borrar da história. A espionagem apontada precisa ser investigada com todas as cautelas recomendadas pela diplomacia dos dois estados nacionais.

O jogo de empurra entre o atual inquilino do Planalto e o seu antecessor sobre esse nefasto episódio precisa ser esclarecido, e quem tiver responsabilidade que pague com o seu quinhão político. Mas daí apontar que essa crise diplomática reabriu as feridas da Guerra do Paraguai precisa ser questionada com base científica relatada pela História. Nesse aspecto o mandatário paraguaio errou.

O nosso país não fomentou a guerra. O seu embrião remonta a José Gaspar Rodrigues de Francia, o primeiro mandatário paraguaio que, ao adotar a política do isolacionismo, transformou o Paraguai na maior força econômica e militar do nosso continente, mas sem saída para o mar, não podia escoar sua produção. Essa política avançou com Carlos Antonio López (1844 e 1862), pai do Marechal Francisco Solano López, que à época estudava na França e se empolgara com as guerras napoleônicas.

Ao suceder o pai, Francisco traçou um plano desafiador. Construir o Paraguai marítimo e maior. Seu plano incluía parte do sul do então Mato Grosso uno, as províncias argentinas de Corrientes e Entre Rios e toda a Província Cisplatina, atual Uruguai, para onde transferiria a capital paraguaia. Era a tão sonhada saída para o mar. Seu plano belicoso voltou-se contra os seus próprios irmãos. Foi o começo da bancarrota de um país próspero e rico. E isso é o que está registrado nos anais dos livros pedagógicos de História ensinados para os nossos estudantes.

O embrião para esse ato de loucura foi o aprisionamento do Navio Marquês de Olinda. Navegava em paz pelas águas do Rio Paraguai em direção a Cuiabá. Não é da índole do povo brasileiro a inclinação para os atos de barbáries. Já somos o maior do nosso continente em área territorial. Mantemos uma relação diplomática respeitosa com todos os países ao redor do mundo.

Não temos problemas de linhas de divisa com nossos vizinhos. Brasil e Paraguai vivem atualmente um dos momentos mais lindos de suas histórias. Uma convivência pacífica e que enriquece as nossas ricas tradições. Os fatos falam mais que palavras. Uma quantidade enorme de estudantes brasileiros de todos os quadrantes do nosso território nacional estudam em universidades paraguaias.

Essa nova geração que busca a qualificação profissional jamais reacenderá antigas discórdias, discussões estéreis, feridas não cicatrizadas. Aqui, pelo lado da minha fronteira sempre linda e heroica, o nosso governador Eduardo Riedel embelezou a nossa linha internacional, dando um ar de civilidade para essa rica região. Um presente idealizado por Pedro Pedrossian. Juntas, as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero somam mais de 200 mil habitantes.

O nosso comércio é intenso, a nossa fronteira está aberta para receber os homens de bem e não precisamos de documentos para ultrapassarmos as linhas de divisa. Nossos jovens se casam entre si e formam suas famílias e as nossas autoridades se respeitam mutuamente.

Porto Murtinho, terra sagrada do meu amigo e colega da Faculdade de Direito de Campo Grande (Fucmat) e do Ministério Público de MS, Heitor Miranda dos Santos, é a nossa sentinela mais avançada a afiançar o nosso propósito. Pelo seu território sagrado, encontraremos o tão sonhado caminho para o Pacífico. Um sonho de todos, esperança maior do valoroso povo paraguaio.

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