Senadores veem ‘teatro’ de Pacheco com anistia
Assim como na Câmara, poucos senadores acreditam que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não leve adiante a proposta que perdoa partidos que não cumpriram repasses mínimos para candidatos pretos e pardos em eleições anteriores. Entre deputados, inclusive, há irritação com o discurso de Pacheco, se afastando da proposta. À coluna, quatro líderes avaliam que o suposto “freio” na tramitação do projeto é blefe, com risco de ser votado nesta terça (17) na Comissão de Constituição e Justiça.
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A quem interessa
“É um golpe contra a sociedade, né? E só interessa aos caciques, aos donos de partidos”, diz Eduardo Girão (Novo-CE), contrário ao texto.
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Excluído
“Tudo pode acontecer inclusive de nada, né?”, diz Plínio Valério (PSDB-AM), ao se queixar que os senadores são alijados da decisão.
Pedra cantada
É lembrado que Pacheco inicialmente se dizia contra os R$5 bilhões do fundão, mas, com aprovação mais do que prevista, colocou na pauta.
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Canal direto
Senadores duvidam que Pacheco rejeite a pauta que interessa inclusive ao partido dele. Relatam pressão direta entre partidos e Mesa Diretora.
Ministro do TCU julga caso defendido pelo filho
O Tribunal de Contas da União (TCU) julga hoje (17) pedido do Ministério Público junto ao próprio tribunal para que a corte de contas públicas julgue a disputa entre a J&F – dos irmãos Batista – e a Paper Excellence pelo controle da Eldorado Celulose. Todas empresas privadas. A Paper comprou a Eldorado em 2017 dos irmãos Batista, que desde então se recusam a entregar o controle da empresa. O filho do ministro Aroldo Cedraz, relator do caso, advogou para a J&F na audiência de arbitragem.
De volta
Após ser alvo da Op. E$squema S e deixar o Brasil, Tiago Cedraz virou representante dos irmãos Batista na arbitragem contra a Paper, em 2022.
Apelou, perdeu
A audiência de arbitragem deu ganho de causa à Paper Excellence. A J&F depois passou a tentar desqualificar o resultado na Justiça paulista.
Nada a ver
A questão chegou ao TCU após o STF anular a multa de R$10,8 bilhões oriunda do acordo de leniência do grupo dos irmãos Batista, alvo da PF.
Autonomia do BC
Até o fim da tarde desta terça-feira (16), senadores de centro e de oposição descartavam acordo com o governo Lula (PT) para alterar o relatório final do projeto que amplia a autonomia do Banco Central.
Placar apertado
Relator da PEC da autonomia financeira do BC no Senado, Plínio Valério (PSDB-AM) prevê placar apertado na Comissão de Constituição e Justiça: 13 a 13 ou 14 a 12 para um lado, mas sem arriscar qual.
Corte sem corte
Lula será obrigado a bloquear ao menos R$10 bilhões das contas só este mês para que o governo petista consiga cumprir a meta fiscal este ano. Mas o valor necessário para cobrir o buraco é superior a R$20 bilhões.
Sem acessibilidade
Levantamento BigDataCorp e do Movimento Web para Todos captou piora na acessibilidade de sites governamentais brasileiros. Das páginas mapeadas, 90% apresentam algum problema de acessibilidade.
Taxa Humana
Parou na Times Square um dos memes do Fernando Haddad (Fazenda) por causa da sanha arrecadatória do ministro. Por lá, foi a imagem do “Taxa Humana”, alusão ao Tocha Humana, personagem dos quadrinhos.
Turbinou
Enquanto Joe Biden pena para conter debandada de doadores para campanha presidencial nos EUA, Donald Trump ganhou um aporte de peso. Elon Musk prometeu US$45 milhões por mês para o republicano.
Tá difícil
Há oito dias nenhuma pesquisa nacional nos EUA aponta vitória de Joe Biden, que disputa contra Donald Trump a presidência do país. Até a vice Kamala Harris, que ensaiou substituir o chefe, aparece atrás.
Ponte JK
Brasília colocou a belíssima Ponte Juscelino Kubitscheck na lista das “27 pontes mais bonitas do mundo”, da revista norte-americana de viagens Condé Nat Traveler. É a única brasileira na lista.
Pensando bem...
...orçamento secreto virou “emenda vetada pelo STF”.
PODER SEM PUDOR
A Batalha de Itararé
O ex-presidente FHC ainda se diverte quando lembra o dia em que destacou o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, aquele do escândalo Sivam, para atuar como mediador da crise Peru-Equador. “Engalanado e investido de poderes plenipotenciários”, recordou-se FHC, divertido, papeando com amigo, “ele não pôde cumprir a missão: acabou protagonizando uma autêntica Batalha de Itararé”, aquela que não houve. Ao desembarcar, foi acometido de uma diarreia que durou cinco dias.